Servidores da Cogerp protestam por reestruturação da carreira em Sergipe | F5 News - Sergipe Atualizado

Polícia Civil
Servidores da Cogerp protestam por reestruturação da carreira em Sergipe
Categoria cruza os braços por 24h e ameaça greve se diálogo com governo não for retomado
Cotidiano | Por Will Rodriguez e Saullo Hipolito 08/09/2020 10h27 - Atualizado em 08/09/2020 16h12


Servidores vinculados a Coordenadoria Geral de Perícias (COGERP)  da Polícia Civil de Sergipe deflagraram uma mobilização de 24 horas nesta terça-feira (8) com a finalidade de pressionar o governo a reabrir a mesa de negociação para reestruturação da carreira. Os servidores públicos realizaram um ato pela manhã na porta do Instituto Médico Legal (IML), em Aracaju. 

A demanda da categoria chegou ao governo em 2014, segundo o presidente do Sindicato da Polícia Técnica (Sinpoltec), Eziel Oliveira. No começo do ano, uma proposta chegou a ser entregue ao governo, que não deu retorno até o momento. “Em fevereiro, o Sindicato se reuniu com os trabalhadores para construir a minuta de um Projeto de Lei para reestruturação da carreira, incluindo a recomposição das perdas salariais que não ocorre desde 2001. Entendemos o momento da pandemia, mas o governo não se manifesta de forma nenhuma”, disse. 

Também em 2014, lembra Eziel, um concurso público aprovou 20 novos médicos legistas. Mas, desse quantitativo, apenas nove continuam trabalhando e cinco deles já manifestaram interesse em deixar o serviço público por conta da insatisfação com as condições de trabalho. “Se um médico sair hoje, é melhor fechar a perícia, não tem como trabalhar”, afirmou Oliveira ao F5 News

Atualmente 58 peritos oficiais atuam no Instituto Médico Legal (IML) e no Instituto de Criminalística e Instituto de Análise e Pesquisas Forenses (IAPF). O baixo efetivo é outro fator que reforça o descontentamento provocado pela defasagem salarial acumulada nos últimos anos. “Hoje temos uma diária de 20 reais para rodar o estado inteiro. Temos a melhor polícia e perícia do Brasil, mas também a mais desvalorizada”, apontou Eziel.

Se o governo do Estado não sinalizar a reabertura da negociação para reestruturação da carreira, a categoria ameaça iniciar uma greve por tempo indeterminado que pode prejudicar, além das atividades nos Institutos onde eles atuam, o andamento de investigações em unidades especializadas da Polícia Civil e também a admissão de presos no sistema prisional. 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que o secretário João Eloy tem tratado do assunto junto ao Governo do Estado e dos representantes dos Institutos da Coordenadoria Geral de Perícias. “Parte do atendimento continua normalmente nos Institutos. A SSP reconhece a importância de todos os servidores da Cogerp e atua para a manutenção de seus servidores”, declarou a pasta.

 

*Texto alterado às 11h42 para correção de informações e do título. 
 

Edição de texto: Monica Pinto
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