Jackson Barreto diz que será julgado pela sua trajetória política | F5 News - Sergipe Atualizado

Eleições 2018
Jackson Barreto diz que será julgado pela sua trajetória política
Líder do MDB diz ter atendido pedido de Lula e rechaça declarações de André Moura
Política | Por Will Rodriguez e Milton Alves Júnior 15/09/2018 10h45 - Atualizado em 15/09/2018 10h59


Depois de ter plantado a ideia de abandonar a carreira política com a gestão ainda em vigor, inclusive orientando que adversários políticos da mesma faixa etária adotassem a mesma postura, Jackson Barreto – ex-governador, prefeito e deputado federal -decidiu seguir os conselhos recebidos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, e é candidato ao Senado pela primeira vez. O emedebista está convicto de que, nas urnas, não será julgado pelos percalços da sua gestão como governador, segundo ele, decorrentes da crise econômica, mas sim pela sua “trajetória política em defesa da democracia”.

Em diálogo com a equipe de jornalismo do portal F5 News, JB defende o fim do debate sobre a flexibilização da posse de armas, a manutenção da maioridade penal em 18 anos, e mudança emergencial no sistema tributário, político e no pacto federativo da nação. Ele também criticou o presidente Michel Temer, de quem é correligionário, e rechaçou as declarações do deputado federal André Moura a respeito dos recursos destinados ao Estado nos últimos dois anos. Confira.

F5 NEWS - Muito se fala sobre uma reforma tributária que favoreça a produção em detrimento da especulação, e que seja mais justa e menos burocrática. O que o senhor pensa sobre isso?

JACKSON BARRETO - Eu acho que o nosso país precisa taxar as grandes fortunas deste país; lamentavelmente este país os bancos são os que dão o tom da economia e aprofundou-se mais ainda com o mercado administrando as rédeas do país, inclusive, na área política. Se não taxar os mais ricos, os mais poderosos, não será possível mudar o sistema tributário. Se isso não for feito, ficará difícil regularizar e democratizar o sistema e atender os anseios do povo.

No meu programa de governo existe um compromisso integral à essa reforma; uma reforma de respeito múltiplo para com o nosso país, para com o nosso povo. Será uma luta que de hoje nós já estamos garantindo intensificar a partir do primeiro dia de trabalho em Brasília. Esse desejo não é de um pequeno grupo de contribuintes; ele é geral e nós iremos defender essa reforma.

F5N - Enquanto muitos defendem a necessidade da Reforma da Previdência, alegando que o sistema já se mostra insustentável, outros argumentam que sequer existe o apregoado déficit, que o Governo é que destina os recursos da seguridade social a outros fins. Qual a posição do senhor a respeito?

F5N: Quais os pontos o senhor acredita serem necessários para que a gente tenha uma reforma política mais efetiva?

JB - Entendo que essa questão da reforma política em momento algum deve ficar reservado ao debate apenas no Congresso Nacional, porque ela vai interferir diretamente na vida de cada cidadão, de cada pessoa. Ou se faz uma discussão nacional com plebiscito sobre os temas principais ou nós não teremos uma reforma que atenda aos interesses da classe política, e, em primeiro ponto, especial, aos interesses do povo brasileiro que é quem deve colocar os seus projetos dentro do contexto da reforma política.

Esse deve ser um tema que vai precisar de um debate nacional onde a sociedade se manifeste e ocupe o cargo de condutor também dessa reforma para fazer chegar ao Congresso Nacional o desejo público democrático. Ou se faz uma reforma política respeitando as iniciativas populares, ou teremos apenas uma arrumação para atender aos interesses unicamente daqueles que estão no poder.

F5N - Flexibilizar a legislação que trata do porte e da compra de armas ou reduzir ao máximo o acesso da população a elas?

F5N - O deputado federal André Moura informou ao F5 News que, com o seu mandato, viabilizou mais recursos para o Estado do que em toda gestão JB. Qual a procedência dessa afirmação?

F5N – No atual contexto econômico dos municípios e estados, há necessidade de um novo pacto federativo?

JB – Precisamos sim de um novo pacto porque o que está sendo repassado para os Estados e para os Municípios é uma vergonha diante do que a União arrecada. A gente sabe perfeitamente que está vindo para o Estado o mínimo, incompatível com a carência de cada Estado e Município em todas as áreas. A política administrativa do Governo Federal tem sido cada vez mais diminuir os repasses de recursos para a saúde, educação, segurança. O nosso governo sofreu muito com esse problema.

Para se ter uma ideia, uma emenda impositiva de 50 milhões de reais aprovada pelo Congresso, onde o Governo Federal é obrigada liberar, mas isso não ocorreu porque o Governo de Sergipe politicamente é um Estado onde o Governo Federal não tem simpatia política e chega ao ponto de barrar esses repasses que gerariam benefícios inúmeros para a população, para os sergipanos contribuintes. O Estado precisa desses recursos, mas o governo lá em Brasília não repassa, inclusive a Petrobras deixou de investir em nosso Estado.

A mudança dessa realidade deve partir de todos os parlamentares eleitos pelo povo sergipano agora em outubro. Não podemos mais continuar com esse sistema que aí está atingindo desde o Governo do Estado como foi o nosso caso, vergonhosamente atingido por manobras políticas, como também os prefeitos de todos os municípios sergipanos que sofrem com o repasse cada vez menor e incapaz de contribuir para o verdadeiro progresso da cidade e do seu povo.

F5N - A relação com o funcionalismo foi uma das principais razões para o desgaste do seu governo. Isso te desestimula de alguma forma? Em que medida?

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