Condutores do Samu decidem por greve por tempo indeterminado em Sergipe
Movimento paredista está previsto para começar no dia 1º de fevereiro Cotidiano | Por Laís de Melo 21/01/2022 10h11 - Atualizado em 21/01/2022 15h58Os condutores de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Sergipe decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir do dia 1º de fevereiro. A reivindicação da categoria é a mesma de quase todos os setores públicos do Estado: recomposição salarial.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância de Sergipe (Sindconam), Adilson Ferreira, os trabalhadores estão há oito anos e meio sem reajuste linear, o que significa o acúmulo de aproximadamente 50% de perdas salariais. Segundo o vice-presidente, há desinteresse da parte do governo de Sergipe em conceder o reajuste.
“O próprio Tribunal de Contas já fez o referendo de que o governo poderia dar o reajuste, tirando da despesa anual. Ou seja, o governo sempre teve margem para reajustar o salário dos servidores. O que ocorre é um desinteresse mesmo. Está sempre querendo utilizar a verba em outras áreas e deixando os servidores na mão. Ele poderia limitar outros gastos e fazer o mínimo de recomposição. Porque imagine quanto um pão custava há oito anos atrás, e quanto custa hoje? Mas o nosso salário permanece o mesmo”, disse o sindicalista.
A greve acontecerá por tempo indeterminado. Segundo Adilson, o prazo para encerrar será do governo, quando der uma resposta satisfatória à categoria. “Essa não é a primeira paralisação que fazemos com relação a reajuste. O governo vem sempre se omitindo, nos obrigando a parar as atividades”, acrescenta.
No entanto, o Sindicato promete que a paralisação não afetará os serviços. De acordo com Adilson, será suspensa a atividade de 30% do efetivo. Além disso, ele garante que nenhuma unidade móvel de UTI será paralisada.
“Sempre realizamos uma greve preocupada com o atendimento. Vamos parar o mínimo possível, que é 30% do percentual que estará em atividade no dia. Vale salientar que no meio desses 30% não vai parar nenhuma UTI móvel, e todas atuarão em 100% da atividade, porque entendemos que UTI trata de situação de vida ou morte”, aponta o vice-presidente.
F5News entrou em contato com a Superintendência de Comunicação do Estado de Sergipe (Supec), para saber qual ação será tomada para evitar a paralisação dos servidores do Samu, serviço considerado essencial. No final da manhã desta sexta-feira (21), o governo do Estado, por meio da Supec, respondeu que já "implantou uma mesa de negociação permanente com os servidores públicos estaduais que funciona na Secretaria de Administração".
"As categorias foram recebidas e apresentaram seus pleitos. Os estudos técnicos e de impacto financeiro estão sendo concluídos e os projetos vão para Assembleia em fevereiro. Incluindo reajuste salário e outras melhorias", disse o superintendente de Comunicação, Givaldo Ricardo, ao F5News.
Matéria atualizada às 11h45 para inserção do posicionamento do Governo do Estado