Duas pessoas são indiciadas pelo incêndio no Hospital Nestor Piva
Aumento irregular de carga no sistema elétrico causou sinistro que matou cinco pessoas Cotidiano | Por F5 News 20/10/2021 18h45 - Atualizado em 20/10/2021 18h51A Polícia Civil de Sergipe indiciou duas pessoas no inquérito que apurou as causas do incêndio no Hospital Municipal Nestor Piva, em Aracaju, em maio deste ano, deixando cinco pessoas mortas. A informação foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE) nesta terça-feira (20).
As chamas atingiram a sala de tratamento contra a Covid-19. Os peritos do Instituto de Criminalística identificaram que a hipótese mais provável para o incêndio foi a sobrecarga na sala de prescrição médica, em decorrência do aumento da potência do sistema elétrico, como consequência da derivação realizada no circuito a partir de uma das tomadas da sala que fica ao lado.
De acordo com a SSP, o resultado das investigações já foi encaminhado à Justiça. Os nomes das duas pessoas indiciadas não foram divulgados, mas de acordo com a pasta, trata-se de uma sócia-administrativa do Centro Médico do Trabalhador, empresa que administra a unidade hospitalar desde 2019, e o responsável pela prestação de serviços elétricos.
Eles devem respondem aos crimes previstos nos artigos 250 e 258, do Código Penal, que dispõem, respectivamente, da prática de causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem e lesão corporal de natureza grave, com pena agravada no caso de resultado morte. Os tipos penais foram considerados na modalidade culposa, ou seja, quando não há intenção.
“O inquérito policial concluiu que, na qualidade de sócia administrativa do Centro Médico do Trabalhador, cabia a responsabilidade de zelar pela observância, em última instância, dos cuidados necessários para o cumprimento de normas técnicas regulamentares, em especial quanto aos mecanismos apontados pelo Corpo de Bombeiros, referentes aos sistemas preventivos e de combate a incêndio. Um homem foi identificado como a pessoa diretamente responsável pela derivação de tomadas apontada como causa de sobrecarga elétrica”, informou a SSP.
O CMT não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta notícia. O espaço segue à disposição.