Em greve há três meses, médicos de Aracaju continuam cobrando diálogo | F5 News - Sergipe Atualizado

Em greve há três meses, médicos de Aracaju continuam cobrando diálogo
“Conceder reajuste para uma só categoria não seria justo”, diz Edvaldo
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 18/10/2018 13h55 - Atualizado em 18/10/2018 17h17


Os médicos da rede municipal de Aracaju comemoraram o Dia dos Médicos, celebrado nesta quinta-feira (18), de braços cruzados. Em 90 dias de greve completos hoje, a categoria disse lamentar o posicionamento da Prefeitura em não conceder o reajuste salarial e se sentir ignorada pelo prefeito Edvaldo Nogueira. A paralisação continua.

“A gente lamenta muito, nunca aconteceu no Dia dos Médicos estar em um conflito trabalhista. A gente espera que o prefeito e sua equipe reflitam neste dia, porque o que ele [Edvaldo] está fazendo é ignorar. A comissão completa nunca nos recebeu. Nunca tivemos uma reunião com Jefferson Passos [secretário de Finanças]”, afirma o diretor do Sindimed, João Augusto.

Há três meses com as atividades paralisadas e salários cortados – com processo ingressado pelo Sindimed na Justiça –, os médicos da capital cobram diálogo com Edvaldo Nogueira. De acordo com João Augusto, a adesão à paralisação se mantém firme, porém o que interessa para os médicos é a negociação direta com o prefeito.

“Inverdades foram ditas pela prefeitura. Estamos num movimento sindical, ele tem que evitar que o movimento saia do âmbito sindical e se torne emocional, que é o que está acontecendo. Vamos sair da live, da mídia social, e vamos para uma reunião presencial com você. Tendo reunião, os médicos podem avaliar que você veio conversar diretamente, sinalizou que as tratativas vão continuar, e de repente podem recuar”, dá recado a Edvaldo.

Demora no atendimento

Parte dos postos de saúde da capital segue com atendimento prejudicado. Em um deles, na Unidade Básica de Saúde (USB) Cândida Alves, no bairro Santo Antônio, pacientes reclamam da morosidade no atendimento. É o caso da aposentada Geovana Meneses, que esteve no posto pela quinta vez e não conseguiu a medicação. “Estou sendo prejudicada há quatro meses. Agora meu remédio acabou e não consigo pegar sequer uma receita”, disse em entrevista ao F5 News.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 35% dos profissionais aderiram ao movimento paredista. A adesão é considerada relativamente baixa e de acordo com a SMS os processos estão sendo reorganizados para não haver falta de atendimento. “Os atendimentos estão sendo feitos de forma demorada, porém, continuada”, diz a assessoria.

A pasta avalia, porém, que o impacto maior da paralisação acontece nos procedimentos de exames de especialidades médicas. Neste caso, o paciente é orientado a novamente dar entrada no posto de saúde para obter nova data para o atendimento. F5 News questionou o número de atendimentos interrompidos e quais serviços e postos afetados, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

Em vídeo publicado nas redes sociais hoje, o prefeito Edvaldo Nogueira disse que “conceder reajuste para uma só categoria não seria justo” e que a PMA não pode atender ao pedido, no momento, para não comprometer a estabilidade financeira do município, que precisa honrar com o pagamento dos salários em dia. Edvaldo afirmou ainda que reconhece a greve como legítima e que tem mantido o diálogo com os médicos, através da comissão de negociação, tendo a última reunião sido realizada em setembro.

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