Festejos juninos requerem cuidados com possíveis queimaduras
Fogos de artíficios, álcool líquido e fogueiras são as principais causas de queimaduras Cotidiano 14/06/2011 10h23É habito do nordestino acender fogueira e soltar fogos de artifício para celebrar os festejos juninos. O milho assado na fogueira também faz parte da cultura, mas esses hábitos requerem cuidados especiais, pois a brincadeira com fogo pode se transformar numa surpresa nem tanto agradável: as queimaduras.
Para se ter uma ideia, os fogos de artifício representam pelo aumento em torno de 200% dos casos de queimados que dão entrada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). De acordo com o cirurgião plástico Bruno Cintra, que trabalha na unidade, os casos mais graves são registrados em fábricas clandestinas de fogos. "As fábricas clandestinas trabalham sem as medidas básicas de segurança e, nesta época, a produção e os riscos aumentam significativamente. Além das fábricas, os fogos e as fogueiras também são os grandes responsáveis pela chegada de pacientes", relata.
Bruno explica ainda que a melhor forma de diminuir os casos de queimaduras ainda é a prevenção. "Culturalmente os fogos e as fogueiras estão presentes em Sergipe. O que podemos fazer na UTQ é nos preparar para acolher os pacientes típicos desta época", diz.
As dicas dos especialistas são que as fogueiras não devem ser acesas com álcool líquido e quem ao acende-la mantenha uma certa distância. Fogos de artifício devem respeitar a idade exigida e não podem ser utilizados por crianças de até cinco anos. Os explosivos devem ser evitados e nada de soltar balões, pois estes podem provocar acidentes, além de queimaduras. As comidas aquecidas em fogueiras também requer cuidados. "Uma das causas graves das ocorrências que chegam aqui ao Huse são queimaduras oriundas do preparo de alimentos. Ao cozinhar, deve-se manter as crianças afastadas do local onde a comida está sendo preparada e os cabos de panelas precisam estar para o lado de dentro do fogão, para que não se corra o risco de que alguém esbarre neles", orienta Lycia Diniz.
Quanto aos primeiros-socorros, Lycia Diniz foi taxativa. "Para que o tratamento seja rápido e não deixe seqüelas, o essencial é lavar o local atingido com muita água, envolver a região com um pano úmido e encaminhar a vítima para o hospital. Nunca devem ser colocados sobre a área queimada alimentos como leite, manteiga, óleo de comida, cebola ou clara de ovo. Muito menos aplicar pomadas sobre a área queimada sem orientação médica, pois isso só faz agravar a lesão", explicou.
Números
Em 2009, durante o período junino, a unidade registrou cerca de 30 atendimentos a vítimas somente por fogos de artifício. Em 2010, de acordo com as estatísticas do hospital, esse número diminuiu, passando para 20 atendimentos. As demais queimaduras foram causadas por líquidos superaquecidos, alimentos quentes e substâncias inflamáveis, como tinner (usado para acender fogueiras).
Segundo a diretora Lycia Diniz, toda a estrutura do hospital já está pronta e ampliada. "Além do Pronto-Socorro e da UTQ, nós temos também a Ala D, com oito leitos de retaguarda e uma equipe especializada formada por dois cirurgiões plásticos, enfermeiros e técnicos, o que irá proporcionar maior resolutividade nos casos", destacou.
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