Hospital de Lagarto atrasa salários e gera mobilização dos funcionários
Cotidiano 05/09/2011 13h09Por Jaime Neto
Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Área de Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) estiveram na manhã desta segunda-feira, 03, na cidade de Lagarto para juntamente com funcionários do Hospital Nossa Senhora da Conceição realizarem uma manifestação, consequência direta da falta de pagamento salarial.
Segundo a diretora do Sintasa, Maria da Graça Nunes de Jesus, a mobilização foi acionada para que a diretoria do Hospital providenciasse o pagamento dos dois meses que estão atrasados, bem como a cobrança por condições de trabalho.
“São pais e mães de família que precisam de seus salários para sobreviver, pagar luz, água, comprar comida. Fui chamada pelo diretor do Hospital, Sérgio Reis, para uma conversa, mas expliquei que só iria me reunir após a conclusão da manifestação.”, informou Graça, que acabou a passeata em frente a Vara Trabalhista de Lagarto.
De acordo com a representante do Sintasa, os funcionários do Hospital Nossa Senhora da Conceição vem sofrendo com problemas relacionados com a falta do pagamento salarial desde 2010. “Sérgio Reis declarou que eu estou do lado do Prefeito, Valmir Monteiro, mas quero frisar que não tenho ligações políticas. Não vou entra nessas questões políticas entre Sérgio e Valmir. O que me diz respeito é a questão do trabalhador. Se a Prefeitura não paga ao hospital, que a diretoria do mesmo procure a Justiça, o Ministério Público. O que não pode acontecer é servidor sem pagamento.”, pontuou.
Ainda segundo Graça Nunes, a manifestação entre funcionários e Sindicato só não foi maior devido a uma possível ameaça da diretoria do Hospital contra os manifestantes. “Em Lagarto existe a ‘lei da mordaça’. Tivemos apenas 50% dos trabalhadores na passeata de hoje, os outros não participaram porque ficaram com medo de demissão ou repressão dos patrões.”, denunciou Graça Nunes.
Explicações
De acordo com Sérgio Reis, o problema é ocasionado pelo descumprimento contratual da Prefeitura para com o Hospital. “Estamos há quatro meses sem receber nenhum repasse da Prefeitura. Para amenizar a situação, a diretoria pegou um empréstimo e pagou dois meses aos funcionários, referente a abril e maio. Ainda assim, já estamos devendo mais dois meses. Mesmo acionando o Ministério público, a Prefeitura só quer pagar uma parte referente ao contrato assinado. Trabalhamos dois meses sem contrato e eles não querem pagar por esse tempo. Isso vem dificultando os nossos compromissos com a folha de pagamento.”, disse
Sérgio Reis frisou que os participantes do Sintasa chegaram para a movimentação, mas não quiseram se reunir para debater a questão. “Houve uma reunião na sexta-feira onde ficou decidido que o Sintasa viria se reunir conosco, porém eles já chegaram munidos de faixas e começaram a paralisação como um manifesto político contra a minha pessoa (Sérgio Reis é ex-deputado federal). A maioria dos trabalhadores não aderiu à paralisação por entender que o atraso da Prefeitura é algo político contra a diretoria do Hospital.”, informou Reis, que completou ainda frisando que dentro das limitações, o Hospital permanece com a realização de consultas, porém casos cirúrgicos estão suspensos devido ao não pagamento dos anestesistas.
Foto: Retirada do site lagarto.com
Crime de vingança cometido na morte de duas pessoas; autor detalha ação em depoimento
Por conta do acidente, a via está operando em meia pista, o que pode causar lentidão
Estados e municípios poderão participar do concurso que será unificado
Agentes da SMTT organizarão o fluxo de veículos, fazendo bloqueios em algumas vias
O gás presente no carro não agride o meio ambiente e promove a sustentabilidade