Reunião na Casa Civil não teve caráter conclusivo

Para o SINPOL Sergipe a reunião, realizada na tarde de ontem (10), com o secretário da Casa Civil, Jorge Alberto e o subsecretário de Articulação com os Movimentos Sociais e Sindicais (SUBSEAS), José Milton Bispo de Menezes falhou em seu objetivo que era o de formalizar o início das negociações.

De acordo com o presidente em exercício do SINPOL, Fábio Dantas, o sindicato a fim de acelerar a negociação, ofereceu como condição, inclusive, retardar a discussão da Lei Orgânica, mas, sem resultado. “Para o bem desses servidores estamos dispostos até a retardar isso. O mais importante agora é a regularidade da vida dessas pessoas, que não passam de 300. A gente queria do governo apenas o compromisso de uma portaria para organizar um grupo de trabalho para essa negociação”, comentou.

Oportunidade perdida

Ainda segundo o entendimento de Dantas a reunião serviu apenas para demonstrar aos servidores a oportunidade perdida de negociação. “Chegamos aqui pensando que iríamos de fato abrir um canal de negociação, mas o secretário Jorge Alberto preferiu deixar essa discussão ainda a cargo da SUBSEAS, que não tem força política suficiente para qualquer decisão”, lamenta.

O líder sindical reiterou ainda a ausência de pretensão salarial. “No nosso discurso não há nada que remeta a gastos. No primeiro parágrafo do documento entregue aos secretários deixamos isso bem claro. Exatamente para não entrar no mérito da lei de responsabilidade fiscal ou em orçamento. O que faltou foi vontade política”, disse.

Casa Civil

O secretário da Casa Civil, Jorge Alberto, defendeu em todo o encontro desconhecer qualquer definição de alterações na COGERP por meio de projeto de lei bem como de concurso público a ser realizado . “É evidente que alguma conversa interna  ou entre a secretaria de segurança pública , de governo, chegou ao conhecimento do sindicato. Mas não há definição do governo no que diz a alterações, há estudos de todas as carreiras, não apenas da COGERP”, explicou.

Sobre a abertura de um canal de negociação com o sindicato, Jorge Alberto apontou apenas a legitimidade da SUBSEAS para esse fim. “No que diz respeito especificamente a vocês confesso que fiquei sem entender o que evoluiu a ponto de haver essa mobilização diante de algo que não existe concretamente. Mas a  SUBSEAS foi criada para isso. Eu quero dizer que a SUBSEAS está legitimada para isso. Eu vim por uma ponderação por causa da força do movimento de vocês, já com datas programadas”, esclareceu.

Calendário mantido 

O calendário de paralisações da COGERP segue de acordo com o estabelecido na assembleia realizada no dia 29 de agosto:

2ª paralisação (24 horas): das 7h de 17/09/2012 às 7h de 18/09/2012;

3ª paralisação (48 horas): das 7h de 24/09/2012 às 7h de 26/09/2012;

Assembleia dia 26/09/2012, a partir das 10h, na Praça Tobias Barreto, para deliberação ou não de início de greve.