Por Aline Aragão

UFS pode perder trabalhos de pesquisas por corte repentino de energia

Passavam das nove horas da manhã desta quarta-feira (25), quando alunos e funcionários da Universidade Federal de Sergipe (UFS) foram surpreendidos com um apagão, que gerou inúmeros transtornos por todo Campus. Segundo a própria instituição de ensino, a energia havia sido cortada por falta de pagamento da fatura referente ao mês de janeiro. O problema foi resolvido por volta do meio dia, mediante pagamento.

O vice-reitor André Maurício de Souza disse que até agora não entende o que aconteceu e que todos tomaram como surpresa a atitude da Energisa (concessionária que fornece energia no estado), em cortar a energia do Campus. “Temos uma parceria de anos com a Energisa que sempre teve uma tolerância com os nossos pagamentos, visto que os repasses federais são feitos entre o dia 25 e o último dia do mês, com isso não temos como pagar a fatura na data, e isso vem acontecendo há anos”, explicou Souza.

Para pagar a fatura e restabelecer a energia, a UFS precisou recorrer ao Ministério da Educação (MEC). André declarou ainda que a atitude da Energisa foi de coerção. “Não tem outra explicação pra isso, o que houve aqui foi a quebra de uma parceria através de uma atitude coercitiva”, reclamou.

Uma das preocupações da reitoria foi com as pesquisas realizadas pela Instituição. “Além de todos os transtornos gerados para alunos e professores, ainda corremos o risco de perder trabalhos de pesquisas que levaram meses de dedicação, mas que dependem da energia”, lamentou.

Após o episódio, a UFS, através do departamento jurídico, deverá entrar com uma ação judicial contra a concessionária de energia, tendo em vista que a educação é um dos serviços essenciais, e que depende da energia. “Dessa forma, a empresa não poderia tomar uma atitude arbitrária alegando o atraso de uma fatura apenas”, disse.

F5 News procurou a Energisa, mas a concessionária disse que não iria se pronunciar sobre o caso.