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Ciclo junino aquece mercado
Economia 13/06/2014 09h16


Por Elisângela Valença

Hoje (13), começa o ciclo junino, as comemorações aos santos do mês de junho. É também conhecido como um dos períodos mais gostosos do ano, disputando o título com o Natal. Esta é a época de comer muito e comemorar com família e amigos em torno da fogueira, celebrando Santo Antônio no dia 13, seguindo com São João, no dia 24, e São Pedro, no dia 29.

Um dos queridinhos da época é o amendoim. Para Cícera Rozendo Ramos (foto 1), feirante há 50 anos, o movimento está bom. “Tem ano que é bom, tem ano que é mais fraco, mas este é um ano bom”, disse. A lata do amendoim está sendo vendida a R$ 3 o amendoim misturado (com cascas, folhas e outros resíduos) e a R$ 4 o amendoim escolhido (todo catado, não vem casca ou folhas). ‘Lata’ é uma unidade de medida adotada nas feiras livres e nada mais é que uma lata de óleo de cozinha de um litro. “Tentei negociar com o fornecedor para baixar o preço, mas ele foi duro”, disse Cícera.

O milho é a base de quase todos os pratos típicos da época, como mungunzá, canjica, pamonha, entre outros. De acordo com José de Jesus Menezes (foto 2), que vende milho e amendoim no mercado central há 35 anos, o movimento está muito bom e começa a melhorar hoje. “Este está sendo um ano bom”, afirma José. A mão do milho (50 espigas) está sendo vendido entre R$ 20,00 e R$ 25,00.

Os vendedores de trajes típicos também dizem que o ano é bom. “As escolas anteciparam as comemorações para maio por conta da Copa, então, nossa venda foi garantida”, disse o empresário Alceu Lins, que vende trajes típicos no mercado central há 12 anos.

Fogueiras

A fogueira é a outra vedete do período junino. Reunir a família em torno dela, na porta de casa, assar milho, fazer brincadeiras é uma tradição junina, que perdeu um pouco a força na década de 1990, com os grandes shows de forró em diversas cidades, como Areia Branca, Capela, Estância, Forró Caju. As pessoas, na maioria jovens, deixavam suas casas para arear a fivela até de manhã ao som de várias atrações, de trios pé de serra a grande bandas.

Apesar de a tradição não ter morrido e as comemorações em casa terem até retomado o fôlego, a venda de fogueiras vem caindo, como informa José Francisco Braz Rosa, mais conhecido como seu Sinuca, que vende fogueiras há mais de dez anos na Praça da Cruz Vermelha. “As vendas tem caído muito. Este ano, montei 350 fogueiras, mas já vendi muito mais que isso em outros anos”, comentou.

Segundo ele, um dos motivos para a queda nas vendas é a mudança de religião. “Muita gente está deixando de ser católico para ser evangélico. Então eles deixam de queimar fogueira porque diz que é pro santo”, disse. Teoria confirmada com o taxista Cleber Silva Matos. “Sou evangélico há oito anos e há oito anos eu não queimo fogueira. Este período do ano não faz mais sentido para mim”, disse o taxista.

As fogueiras estão sendo vendidas com preços entre R$ 15 e R$ 50, de acordo com o tamanho. A madeira vem de fazendas em Pacatuba. “Os fazendeiros já fazem plantação para isso mesmo, para fazer lenha para fogueiras e fornos em restaurantes e pizzarias”, explicou Sinuca.

Fotos: Elisângela Valença

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