Danielle Garcia coloca nome à disposição nas eleições de Aracaju
Delegada se filia ao Cidadania e diz que pode disputar cargo de prefeita Política | Por F5 News 13/12/2019 12h33 - Atualizado em 14/12/2019 08h57A delegada Danielle Garcia se filiou ao partido Cidadania e colocou o nome à disposição para disputar as eleições no Município de Aracaju. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (13) com o ato oficial de filiação da delegada ao grupo político.
Em entrevista à Jovem Pan e ao Jornal da Fan, a delegada disse que está à disposição da legenda para participar das eleições de Aracaju, em 2020, porém sua possível candidatura ao cargo de prefeita ainda não foi confirmada. Garcia afirma que quer disputar um cargo eleitoral, seja como candidata a vereadora ou prefeita.
Danielle Garcia se une ao grupo composto pelo senador e também delegado Alessandro Vieira, que assumiu o diretório estadual do partido, e pelo ex-vereador de Aracaju Emerson Ferreira (Dr. Emerson), que se filiou ao Cidadania após deixar a Rede Sustentabilidade neste ano, ambos presentes na solenidade. Segundo o senador Alessandro, Danielle passa a integrar um time capacitado, e ressaltou que a escolha de pré-candidatos pelo partido será feita através de um processo democrático.
“Ninguém tem nomes tão bons quanto o Cidadania para apresentar ao povo sergipano", disse Alessandro. “Teremos um diálogo com a sociedade e no final de janeiro apresentaremos nossos pré-candidatados para que a sociedade aponte qual o melhor nome. A pesquisa eleitoral e a capacidade de executar os projetos serão determinantes”, disse em entrevista ao Jornal da Fan.
Danielle deve se desligar do cargo que ocupa no Ministério da Justiça, em Brasília, para se dedicar ao processo eleitoral no próximo ano em Aracaju. À imprensa, ela afirmou que, apesar de sempre pensar que não deveria fazer parte da política por entender que "não teria estômago" para lidar com isso e que sua expertise é mais técnica, sua missão em Sergipe ficou inacabada. Ela conta que foi motivada por decisões políticas, que interromperam seus trabalhos, e que essa experiência pode ser usada em benefício da população.
“A decepção que tenho dentro de mim, por não ter terminado o que comecei, terminado as investigações que comecei naquela época, e poder, de alguma forma contribuir… Eu me senti tolhida no meu dever de fazer aquilo que tinha que ser feito. Enfim: sofri tudo que todos já sabem, não é segredo para ninguém, o próprio Alessandro é testemunha. Ele sabe a pressão que foi em cima dele para me atingir”, disse a delegada à Jovem Pan.
Ela ressaltou que sempre trabalhou com seriedade e não está de brincadeira. “Não foi uma decisão fácil. Venho conversando com Alessandro há muito tempo”, completou.
No dia 4 de outubro de 2017, a delegada Daniele Garcia foi exonerada da coordenação do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), decisão que gerou polêmica.
À frente do Deotap, Danielle Garcia coordenou operações de combate à corrupção que geraram repercussão no estado, a exemplo da investigação contra irregularidades no repasse e na aplicação de verbas de subvenção social na Assembleia Legislativa em 2014 e a Operação Indenizar-se, na Câmara de Vereadores, sobre crimes de sonegação fiscal, peculato e lavagem de dinheiro em contratos de locação de veículos e nas verbas indenizatórias em 2016. Conduziu ainda a "Operação Venal", que apurou fraudes no pagamento do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
*Com informações do Universo Político