Ipesaúde: disparidade no atendimento questionada pelos médicos
Enquanto uns atendem 300 pacientes por mês, outros não chegam a cinco Política 27/09/2011 16h59Da redação
O serviço de plano de saúde dos servidores públicos de Sergipe, Ipesaúde, funciona com algumas dificuldades, principalmente no quesito de consultas e exames. Médicos reclamam que atendem vários pacientes por dia, enquanto outros não chegam a fazer cinco atendimentos no mês.
Profissionais procuraram a redação do F5 News, informando que recebem salários que não chegam a R$ 3mil mensais, para atender por cada dia de serviço mais de vinte pacientes, enquanto outros têm o mesmo salário e não ultrapassam os cinco atendimentos mensais, independente da especialidade. Essa situação de disparidade, conforme apontaram, prejudica os profissionais que já são desvalorizados em seus salários há mais de 10 anos e que continuam trabalhando cada dia com um número maior de pacientes.
Considerando um número hipotético de 15 atendimentos semanais, em um mês, os médicos atendem 60 pacientes, recebendo a gratificação por desempenho. Em contrapartida, outros não chegam a atender um paciente por semana e recebem a mesma gratificação.
“Como vamos estar satisfeitos com um trabalho desses? Uns se matam todos os dias para trabalhar, e outros mal têm atendimentos prestados e recebem a mesma gratificação que nós. O que queremos é que seja criado um critério adequado para as gratificações. Quem tem desempenho, que receba por desempenho. O ideal é que seja proporcional aos atendimentos prestados”, reclamou uma médica que pediu para não ser identificada.
Os salários dos médicos, divididos pelo número de consultas, considerando três dias de atendimento com 25 pessoas, são 300 pessoas por mês, totalizando o preço de R$ 10 para cada consulta.
“Com esse preço, por isso que não há mais interessados em trabalhar no serviço público. Muitos médicos que estão se formando só fazem o concurso público e trabalham até conseguirem experiência para trabalhar em alguma clínica ou migrar para a iniciativa privada, que paga melhor. Ou deixam de prestar o concurso para poder fazer cooperativas, ou serem levados para o estado em regime de contrato, que paga muito mais que o salário de R$ 6.200 previsto no concurso. Contratado, o médico recebe R$ 185 por consulta, contra 62 reais concursado”, afirmou a médica do Estado.
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