A audiência da ação penal que apura o assassinato da transexual Laysa Fortuna, 25 anos, esfaqueada em 18 de outubro do ano passado, teve início nesta quinta-feira (21) na 5º Vara Criminal do Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju (SE).

Caso Laysa: testemunhas começam a ser ouvidas em juízo

Testemunhas de acusação e defesa começaram a ser ouvidas no processo de instrução criminal, de crimes contra a vida e homicídios simples. O promotor do caso é Deijaniro Jonas Filho.

O acusado pelo crime, Alex Silva Cardoso, 33, acompanhou a audiência ao lado do defensor público Jorge Raimundo Valença Teles de Menezes. O investigado nega que tenha esfaqueado a vítima, mas que teria sido agredido fisicamente pelas transexuais que trabalham no Centro, onde Laysa foi atingida.

A agressão aconteceu na esquina da rua Itabaiana com Estância e a vítima ficou gravemente ferida após receber um golpe de faca na região do tórax. Ela chegou a ser socorrida, mas na tarde do dia seguinte não resistiu.

Na época, testemunhas disseram que o crime teria ocorrido após uma tentativa de assalto e que o suspeito costumava ameaçar as transexuais. Além disso, a agressão não teria ocorrido por parte das trans, mas sim contra a vítima. Conforme as investigações, Alex é morador de rua e costumava dormir nas proximidades do local onde as transexuais se reúnem, praticando insultos, ofensas e discursos de ódio que deram origem ao desentendimento que terminou com o homicídio.

Alex foi preso logo após o crime e encaminhado à 4ª Delegacia Metropolitana, mas liberado em seguida para responder em liberdade por crime de ameaça e lesão corporal de natureza leve, interpretação dada ao fato pelo delegado de plantão na Delegacia Plantonista Sul. Porém, no dia seguinte a delegada do DAGV, Meire Mansuet, ao ter conhecimento do caso, instaurou o inquérito policial e representou pela prisão.

O processo que apura o assassinato de Laysa é público e tramita sob o nº 201820500409.