Colesterol alto também afeta cães e gatos | Coluna de Estimação | F5 News - Sergipe Atualizado

Colesterol alto também afeta cães e gatos
Saiba quais são os perigos e como prevenir o problema no seu pet
Blogs e Colunas | Coluna de Estimação 29/11/2022 20h30 - Atualizado em 29/11/2022 20h38

Você sabe o que é hiperlipidemia e como ela afeta o seu pet? Se o cãozinho ou gatinho estão com fezes amareladas e vomitando, é sinal de alerta. Estar atento à saúde do pet é indispensável para prolongar a vida dele e um dos pontos que merecem atenção é a taxa de colesterol. Assim como em humanos, altos valores de colesterol em cães e gatos devem ser controlados.

A hiperlipidemia é o aumento de taxas de colesterol e/ou triglicerídeos na corrente sanguínea, e essa alteração pode levar a várias consequências tanto aos cães quanto para os gatos.

Dra. Ana Goes, que é médica veterinária endocrinologista, explica que o colesterol alto ou como é chamado hipercolesterolemia se dá quando as taxas estão acima da referência, ou seja, o nível de colesterol tanto para cães quanto para gatos acima de 300 mg/dl já é considerado alto. O normal para gatos é entre 80 a 205 mg/dl e para cães 125 a 270 mg/dl.

O aumento de taxas de colesterol e/ou triglicerídeos pode se dar, geralmente, por fator genético, alterações metabólicas, devido a dietas mal elaboradas ou hipercalóricas, ou ainda por doenças endócrinas como diabetes, afirma a veterinária. “As principais causas para este aumento seria: dieta não balanceada, genética, doenças metabólicas ou alterações hormonais. Dos distúrbios hormonais que podem causar este aumento os mais comuns seriam hiperadrenocorticismo, hipotireoidismo e diabetes”, elucida.

Entre alguns sinais clínicos que podem surgir no animal com hiperlipidemia são fezes amolecidas e mais amareladas, e vômitos. Outros sintomas citados são casos de diarreia, convulsões e dores abdominais. Ela alerta que os tutores precisam estar atentos às taxas e ao se identificar colesterol alto nos pets, pois pode levar a casos mais sérios. “As taxas altas de colesterol podem levar a algumas complicações no organismo do paciente, como problemas cardíacos, doenças hepáticas, resistência insulínica, entre outras. A hipercolesterolemia pode levar a quadros mais crônicos como pancreatite, resistência a insulina, esteatose hepática e alterações oftálmicas”, diz a veterinária.

O aumento do colesterol aparece geralmente de forma secundária de acordo com Ana, mas também pode surgir sem o paciente ter alguma doença detectada, a dieta neste caso, segundo a médica, “é de extrema importância de acordo com a idade e peso do animal, sem contar os petiscos que muitas vezes podem ajudar com que essa alteração aconteça”.

Tratamento

Como é o tratamento? O tratamento para o pet com colesterol alto é feito com um conjunto de fatores: “a dieta balanceada prescrita por um veterinário capacitado faz toda a diferença, além disso alguns fármacos podem ser utilizados para auxiliar na redução dessas taxas e descartar doenças endócrinas que podem levar ao aumento do colesterol, além disso a dedicação do tutor é fundamental”, ressalta a médica.

Ana diz ainda que o tratamento para o pet que já tenha uma doença independente de ser por razão do colesterol, mas recebeu o diagnóstico de colesterol alto difere um pouco do animal que não tem doença e tem a taxa alta, mas a “base” desse tratamento seria a mesma, “porém aquele paciente que tem aumento de colesterol como consequência de outra doença, normalmente tratando esta patologia e mantendo ele estável ajuda bastante no equilíbrio final do colesterol”, continua.

Alimentação e atividade física 

Manter o pet ativo com brincadeiras, passeios e prática de exercícios ajudam bastante a reduzir os riscos de surgir o aumento do colesterol, além de uma dieta balanceada que varia de acordo com peso, idade e histórico do paciente, mas, claro, sob orientações de profissionais habilitados. 

“As refeições geralmente devem ser oferecidas fracionadas durante o dia, de acordo com idade, peso e claro a rotina do tutor. Os exercícios podem ser feitos dentro ou fora de casa, ir a praia e caminhar na beira do mar, passeios diários, dentro de casa com estímulo de bolas ou até garrafa plástica já ajudam. Eu acredito que o tipo de alimentação vai depender do que cada paciente vai se adaptar”, orienta Ana Góes.

Prevenção

Como é importante para tudo na vida, a prevenção é o melhor remédio para evitar maiores complicações, por isso, visitas periódicas ao veterinário e exames específicos ajudam na prevenção. A médica informa, portanto, que endócrinos e nutrólogos são os profissionais da área que seriam mais indicados para este acompanhamento. “Introduzir taxas de colesterol, triglicerídeos e glicemia nos exames de rotina ajuda a nós médicos e ao tutor para já ficarem atentos com estas alterações”.

Você sabia que o aumento do colesterol atrapalha tratamentos de outras doenças ou até de procedimentos cirúrgicos, por exemplo? Os veterinários devem estar atentos aos níveis de colesterol nos pets durante as consultas e/ou procedimentos.

“O aumento do colesterol pode dificultar, por exemplo, uma anestesia; o tratamento da diabetes também sofre com essa alteração, já que a insulina tem uma dificuldade de fazer o papel dela que é reduzir e normalizar a glicemia. Portanto, levem seus pets ao veterinário para avaliações periódicas, são elas que vão ajudar a prevenção ou ficarem atentos a qualquer sinal de aumento”, adverte a veterinária.

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Fernanda Araújo é formada em Comunicação Social – Jornalismo pela UNIT, pós-graduada em MBA Marketing, Assessoria e Comunicação Integrada pela FANESE. Já trabalhou como assessora de comunicação em sindicato de classe, e atualmente, é repórter no Portal F5 News. Premiada em primeiro lugar no Prêmio João Ribeiro de Divulgação Científica da Fapitec, na categoria web jornalismo, em 2018.

E-mail: fernandaaraujo.jornalismo@gmail.com

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