No último dia 29 de junho foi lançado o Plano Safra 2022/2023, com R$ 340,8 bilhões disponíveis para fomentar a produção agropecuária nacional através dos financiamentos rurais de custeio e de investimento, um acréscimo de 36% em relação ao montante disponibilizado no Plano anterior.

Os recursos de custeio e investimento serão destinados a diversos programas, dentre os quais destacamos, aqueles que versarão sobre sustentabilidade e inovação do setor rural, bem como os que promoverão a ampliação da inserção da pesca e aquicultura no crédito rural e, como sempre, os que priorizarão os pequenos e médios produtores rurais.

No campo da sustentabilidade o foco será o incentivo as técnicas sustentáveis na produção agropecuária, por isso que o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) contará com recursos na ordem de R$ 6,19 bilhões para recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas, adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção de recursos naturais, como também, poderão financiar a utilização de fontes de energia renovável, a recomposição de reserva legal e áreas de proteção permanente.

Para promover os processos de inovação é que programas como o Inovagro terão R$ 3,51 bilhões em recursos para o financiamento de investimento relacionado a sistemas de conectividade no campo, de softwares e licenças para gestão, monitoramento ou automação das atividades produtivas e, também, para geração de distribuição de energia produzida a partir de fontes renováveis.

Um dos grandes objetivos deste Plano Safra é promover a ampliação da inserção da pesca e da aquicultura no crédito rural, por isso que o Ministério da Agricultura vem trabalhando para que esta inserção fortaleça a comercialização dos produtos oriundos desse segmento, bem como o acesso a financiamentos de investimentos nas áreas de inovação e modernização das atividades pesqueiras.

Na esteira da priorização da pequena e da média agricultura é que este Plano Safra aumentou os recursos disponíveis para o fomento de suas atividades. Assim, para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foram destinados R$ 53,61 bilhões, um acréscimo de 36% em relação ao ano anterior e para o Programa Nacional de Apoio Médio Produtor Rural (Pronamp) foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões, um acréscimo de 28% em relação ao Plano anterior.

Ademais, outros importantes segmentos da cadeia rural também serão contemplados neste Plano Safra, como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) que terá R$ 5,13 bilhões disponíveis para financiamento.

Por fim, espera-se que os avanços contidos neste Plano Safra neutralizem os impactos da elevação nas taxas de juros, em virtude da indissociável ligação com o aumento na taxa de juros Selic.