Relator da ONU diz que lama de barragem chegará ao Rio São Francisco | F5 News - Sergipe Atualizado

Relator da ONU diz que lama de barragem chegará ao Rio São Francisco
Massa atingirá um dos principais rios do Brasil, já que é nele que o rio Paraopeba desemboca
Brasil e Mundo | Por Agência Brasil 29/01/2019 16h20 - Atualizado em 29/01/2019 17h11


O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à água e ao saneamento, Leo Heller, avalia que a lama de rejeitos que se espalhou após o rompimento da barragem da mina de ferro do Córrego do Feijão, da multinacional Vale, deve chegar ao Rio São Francisco. Apesar de considerar cedo para se ter um diagnóstico fechado sobre as consequências ambientais causadas pelo incidente, ele antecipa que a massa atingirá um dos principais rios do Brasil, já que é nele que o rio Paraopeba desemboca.

A informação vai ao encontro de parecer do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que apresentou, inclusive, uma data estimada para que isso se consume: entre os dias 15 e 20 de fevereiro.

Segundo o especialista, não é possível prever a proporção do fenômeno, considerando que o Rio São Francisco tem um caudal volumoso e uma maior capacidade de diluição. 

Heller qualifica as ações dos próximos dias como cruciais para interromper a contaminação dos rios da região de Brumadinho (MG), frisando que as autoridades governamentais devem inspecionar a qualidade da água que abastece a população local. Em decorrência do aumento da quantidade de sólidos e, possivelmente, de metais na água, alerta o relator, parte da comunidade talvez tenha o serviço de fornecimento temporariamente interrompido.

“As empresas afirmam que os resíduos não contêm material tóxico. Mas os rios em geral de regiões de mineração têm muitos metais sedimentados no fundo. Particularmente, o rio Paraopeba é um rio situado em uma região de intensa atividade de mineração e industrial. No fundo desse rio existem metais acumulados, nocivos à saúde. A chegada da lama no rio Paraopeba muito provavelmente vai revolver, colocar em circulação muitos metais e isso pode ser muito nocivo à saúde humana”, declarou. 

“Existem algumas medidas que os governos estão cogitando. Uma delas é utilizar algumas represas que eram utilizadas como hidrelétricas para conter parte dos efeitos. Essas represas não terão capacidade de conter toda a lama, mas elas podem atenuar. Isso me parece importante, mas, sobretudo, monitorar. Fazer monitoramento sistemático sobre os efeitos na qualidade da água e sobre os riscos para a população que consumirá essa água”, complementou.

*Com informações da ONU News

 

 

 

 

 

 

Mais Notícias de Brasil e Mundo
Reginaldo Teixeira/TV Globo
17/05/2024  07h26 Tony Ramos passa por cirurgia no cérebro; estado de saúde é estável
Ator foi internado nesta quinta (16) para tratar um sangramento intracraniano
Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
17/05/2024  07h21 Sem ganhador, Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 30 milhões
Números sorteador nesta quinta-feira (16) foram 02 - 10 - 32 - 33 - 38 - 47
Redes Sociais/ Reprodução
16/05/2024  14h45 Ary Mirelle alerta mães após filho ser diagnosticado com bronquiolite
A noiva de João Gomes e mãe de Jorge relatou que bebê teve a doença há duas semanas
Reprodução Redes Sociais
16/05/2024  10h19 Morre o jornalista Antero Greco aos 69 anos após luta contra o câncer
Greco estava internado em São Paulo para tratar de um tumor na cabeça
Reprodução/Governo do RS
16/05/2024  10h03 Tragédia no RS: mortes sobem para 151, com 458 municípios afetados
Boletim publicado nesta quinta (16), mostra aumento de 151 mortes e 104 desaparecidos

F5 News Copyright © 2010-2024 F5 News - Sergipe Atualizado