Saúde alerta gestantes sobre riscos de microcefalia; entenda a doença | F5 News - Sergipe Atualizado

Saúde alerta gestantes sobre riscos de microcefalia; entenda a doença
Brasil e Mundo 14/11/2015 09h30


Da Redação

O aumento de casos de recém nascidos com microcefalia em estados do Nordeste, entre eles Sergipe, trouxe diversas dúvidas a mães e gestantes sobre a origem dessa malformação, que compromete o desenvolvimento adequado do cérebro do bebê.

A microcefalia não é uma “doença” nova. Em geral, a malformação congênita está associada a uma série de fatores de diferentes origens. Pode ser o uso de substâncias químicas durante a gravidez, como drogas, contaminação por radiação e infecção por agentes biológicos, como bactérias, vírus e radiação. Entretanto, ainda não há uma explicação para o aumento repentino dos casos nos municípios de Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte.

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (13) recomendações para as mães que estão preocupadas com o aumento de casos. As recomendações são para que façam exames de pré-natal, evitem álcool e drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e se protejam de mosquitos.

Segundo nota do ministério, é importante que as gestantes e suas famílias adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, retirando recipientes que tenham água parada e cobrindo adequadamente locais de armazenamento de água.

Além disso, a nota também recomenda que as famílias mantenham portas e janelas fechadas ou teladas, que as gestantes usem calça e camisa de manga comprida e utilizem repelentes para evitar picadas de mosquitos.

O Ministério indica ainda que, até que as causas do aumento da incidência da doença sejam esclarecidas, as mulheres que planejam engravidar avaliem os riscos antes de tomar uma decisão. A nota acrescenta que “não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família”.

Confira abaixo uma lista de perguntas e respostas sobre o caso:

O que é a microcefalia?

A microcefalia não é um agravo novo. É uma condição neurológica em que a cabeça do recém-nascido é menor quando comparada ao padrão daquela mesma idade e sexo. Neste caso, os bebês com essa malformação congênita nascem com um perímetro cefálico menor do que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.

Quais as causas desta condição?

Em geral, a malformação congênita está associada a uma série de fatores de diferentes origens. Pode ser o uso de  substâncias químicas durante a gravidez, como drogas, contaminação por radiação e infeccção por agentes biológicos, como bactérias, vírus e radiação.

Por que há um aumento do número de casos de microcefalia em Pernambuco?

A Secretaria de Saúde do Estado está analisando possíveis causas para essas ocorrências, entre elas: infecções congênitas (rubéola, sífilis, varicela, toxoplasmose), agressões teratogênicas (drogas como talidomida, aspirina, tetraciclina, calmantes), alcoolismo materno, drogadição (cocaína), infecções provocadas por dengue, chikungunya ou zika, entre outros. Entretanto, ainda não foi identificada a causa.

Há registro de "surtos" de microcefalia em outros países?

Por enquanto, não há relatos na literatura científica e nem casos registrados em outros países da associação do zika vírus com a microcefalia. No entanto, de acordo com o ministério, nenhuma hipótese está sendo descartada.

O bebê com microcefalia pode morrer ou ter sequelas?

Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos feitos desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.

Como é feito o diagnóstico de microcefalia?

Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. A microcefalia também pode ser identificada durante a gravidez, nos exames pré-natais.

Qual é o tratamento para a microcefalia?

Dependendo do tipo de microcefalia, é possível corrigir a anomalia por meio de cirurgia. Geralmente, as crianças precisam de acompanhamento após o primeiro ano de vida. Nos casos de microcefalia óssea, existem tratamentos que propiciam um desenvolvimento normal do cérebro.

Que exames estão sendo feitos nas crianças e nas gestantes dos estados (PE, RN e PB) que já notificaram o Ministério da Saúde?

A partir dos casos identificados em Pernambuco, estão sendo feitas investigações epidemiológicas de campo como a revisão de prontuários e de outros registros de atendimento médico da gestante e do recém-nascido. Também estão sendo feitas entrevistas com as mães por meio de questionário. Os casos seguem para investigação laboratorial e exames de imagem, como a tomografia computadorizada de crânio.

Neste momento, existe recomendação do Ministério da Saúde às gestantes?

Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde, que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Além disso, é importante que os profissionais de saúde estejam atentos à avaliação cuidadosa do perímetro cerebral e à idade gestacional, assim como à notificação de casos suspeitos de microcefalia.

Microcefalia em Pernambuco

Até 9 de  novembro, foram identificados 141 casos. Esses registros foram provenientes de residentes em 42 municípios de diferentes regiões do estado. A maior parte dos nascimentos (55%) ocorreu no município do Recife. 

Quanto ao perfil dos casos, 53,9% dos bebês são do sexo feminino e a maioria (98,9%) nasceu de gestação única.

 

*Com informações da Agência Brasil

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