Das quatro vítimas do acidente em que um ônibus tombou em um trecho da Rota do Sertão no município de Poço Redondo (SE), no último sábado (19), que foram internadas no Hospital de Urgência de Sergipe, em Aracaju, duas continuam hospitalizadas na unidade e uma em um hospital particular da capital sergipana.

Foto: SSP/SE

O ônibus com 40 turistas seguia de Salvador (BA) para Canindé do São Francisco, quando virou nas proximidades do Povoado Santa Rosa do Ermírio e do Povoado Queimada Grande. Duas pessoas morreram - um jovem de 22 anos, identificado como Kaique da Cruz Santos, e Veranisse Valentim de Souza, de 64, que ficou presa às ferragens.

Quatro pessoas foram socorridas para o Huse, duas vítimas para a ala amarela e outras duas para a ala vermelha, em estado grave. Uma delas, uma jovem de 27 anos que teve trauma torácico recebeu alta no mesmo dia do acidente e foi liberada para retornar a Salvador.

Outras três vítimas continuam hospitalizadas, duas no Huse e a outra em um hospital particular. É o caso de Adriano Conceição, de 33 anos, que teve uma fratura raquimedular e trauma crânio encefálico. O jovem foi transferido para o Hospital Primavera e, segundo os médicos, corre o risco de ficar tetraplégico. O caso é grave, mas a situação é estável.

No Huse, duas mulheres de 41 e 47 anos continuam internadas, uma na ala vermelha e a outra na ala verde. As pacientes apresentaram politrauma, contusão pulmonar e luxação em cotovelo, e fratura de fêmur, respectivamente.

Segundo informações da direção dos hospitais, as famílias dos pacientes querem a transferência deles para Salvador. Outros dez pacientes também foram internados em hospitais particulares e unidades regionais do estado, sem risco de morte; dois receberam alta ainda no sábado.

A Polícia Civil investiga as causas do acidente, já que houve mortes e o motorista teria fugido da cena. Uma perícia foi realizada no local e, segundo o perito criminal Fabrício Rodrigues, diversos vestígios materiais foram constatados e analisados, como também o local da saída de pista do veículo. Também foi coletado o disco tacógrafo, que registra a velocidade, o tempo e a distância percorrida pelo veículo, e foram analisados os corpos e as partes mecânicas do veículo.

“Isso vai permitir que a perícia chegue à definição das condições em que o fato ocorreu, a dinâmica do evento, o estabelecimento da causa determinante, ou seja, se a causa foi o meio, se foram as falhas do sistema viário, se foi a máquina associada à falha mecânica do veículo ou ainda se a causa foi o ser humano”, informa a assessoria da Secretaria de Segurança Pública.