Adutora de Itapicuru começa a operar com toda capacidade esta semana
A distribuição de água deve ser feita por meio de rodízio para a cidade de Tobias Barreto Cotidiano | Por Fernanda Araujo 21/01/2019 10h57 - Atualizado em 21/01/2019 11h30A população de Tobias Barreto, no centro-sul de Sergipe, ainda sofre com o desabastecimento na cidade sergipana por conta da estiagem e do assoreamento da barragem de Jabeberi. A adutora de Itapicuru, na Bahia, construída de forma emergencial para levar água aos moradores sergipanos, ainda está em fase de testes.
A previsão, segundo a Companhia de Saneamento de Sergipe - Deso, é que ela comece a operar com toda a capacidade na próxima quarta-feira (23). No entanto, esse é só um auxílio para reforçar o abastecimento na cidade.
A adutora terá capacidade de apenas 100 m³/hora e, juntamente com a barragem entre 120 e 130 m³/hora, abastecendo a metade da cidade. “Assim ficamos com até 230 m³/hora, sendo que é preciso 400 m³ por hora para abastecer toda a cidade. Portanto, não é um abastecimento definitivo”, diz o superintendente de Operações da Deso, Marcos Lima.
A distribuição será feita por meio de rodízio, a cidade foi dividida em três setores. “O setor 1 fica dois dias com água na rede, depois interrompe e o setor 2 fica dois dias com água, depois passa para o setor 3 também com dois dias, e assim por diante. É o que chamamos de setor de manobra”, explica Lima.
Enquanto uma parte do município não recebe abastecimento na rede, segundo a Deso, as caixas d’água instaladas na cidade serão utilizadas como apoio. “No dia que tiver água na rede no setor 1, os caminhões-pipa irão encher as caixas em outro setor”, afirma o superintendente. Ao todo, 19 caixas d’água devem auxiliar no abastecimento, 15 já foram instaladas.
Condições da adutora
Desde sexta-feira (18), às 17h, são realizados testes na adutora, que terá um terço da capacidade do que é produzido hoje na barragem de Tobias Barreto. São 15 km da adutora, localizada no povoado Catu Grande, do município de Itapicuru, na Bahia.
Durante as avaliações dos técnicos da Deso foram constatados três vazamentos no último sábado (19). De acordo com Marcos Lima, os vazamentos ocorreram devido à pressão da rede e das condições do terreno, situação que é considerada normal.
“Os vazamentos já foram retirados. Como a vazão ainda está reduzida, estamos enchendo aos poucos e até lá vamos adequando o terreno. Estamos com uma equipe que está no local há 20 dias direto, indo e voltando em toda a extensão da adutora para avaliar como o terreno se comporta, para ir corrigindo, e isso só pode ser feito com água na rede”, ressalta.
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