Agentes penitenciários de Sergipe vão suspender atividades externas
Categoria se diz "cansada de levar sistema prisional nas costas" Cotidiano 20/06/2016 18h45Por Will Rodriguez
Insatisfeitos com o tratamento dispensado pelo Governo de Sergipe, os agentes penitenciários se preparam para deflagrar uma série de mobilizações a partir desta semana. A principal delas será a suspensão das atividades que, segundo o Sindicato da categoria, não são atribuições previstas em lei. A decisão foi tomada em assembleia realizada no último final de semana e começa a valer a partir da quinta-feira (23).
Segundo o Sindpen, a partir desta data os agentes paralisam a força tarefa realizada nos plantões, as escoltas das audiências de custódia e externas, transferências externas de presos, guaritas e serviços de cartório.
O presidente do Sindpen, Luciano Nery, destaca que não se trata de um movimento paredista ou operação padrão, mas uma tentativa de pressionar o governo para adotar medidas de valorização dos profissionais. “Estamos cansados de levar o sistema prisional nas costas, de falsas promessas, falta de reconhecimento, falta de investimento, pois o Estado não está nem aí para nossa categoria”, declarou, enfatizando que a possibilidade de paralisações pontuais não está descartada, já que a greve deve ser o último recurso.
Entre as principais demandas dos agentes estão a reestruturação da carreira e a realização de um concurso público para cobrir o déficit de profissionais, que hoje chega a casa dos 800. “Tivemos reuniões com o Governo, a Sejuc, mas eles vêm empurrando com a barriga. Existem duas unidades prisionais prontas, mas que não foram inauguradas porque o Estado não fez o concurso”, acrescentou Nery.Para além disso, os agentes ainda enfrentam a superlotação do sistema prisional classificado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE) como “exemplo de violação dos direitos humanos”. Conforme estimativa do Sindipen, atualmente cerca de 550 agentes estão na ativa e em torno de cinco mil presos, ou seja, nove detentos para cada agente.
Procurada pelo F5 News, a assessoria de comunicação da Secretaria da Justiça (Sejuc) enviou uma nota na qual informa que "não foi notificada pelo Sindicato de Agentes Penitenciários (Sindipen) desta paralisação: "Não houve notificação, bem como não houve nenhuma solicitação de providências, de modo que a Sejuc não se negou a resolver qualquer irregularidade".
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