Saiba como adaptar alimentação saudável da rainha Elizabeth à realidade sergipana
Longevidade da monarca chamou a atenção para a qualidade nutritiva de sua dieta Cotidiano | Por Ana Luísa Andrade 17/09/2022 07h00Apesar de ter passado pelo hospital em seus últimos dias de vida, a rainha Elizabeth II era conhecida por ter uma saúde de ferro, mesmo com a idade avançada. Muitos atribuem isso aos seus hábitos alimentares, que você pode conferir em matéria do Metrópoles, parceiro do F5 News.
Porém, a dieta saudável da rainha continha ingredientes e pratos inacessíveis à maior parte da população brasileira. A boa notícia é que há meios de aplicar seus principais méritos dentro de uma realidade mais próxima da brasileira, incluída a sergipana.
De acordo com a nutricionista Isabela Gomes, na prática, uma alimentação saudável envolve dar preferência a alimentos de origem in natura ou minimamente processados.
“Muita propaganda gira em torno dos alimentos industrializados fit, diet, light ou sem glúten. Porém, o que temos que ter em mente é que, apesar de buscarmos a praticidade em alimentos industrializados, em sua maioria, eles não são a melhor alternativa. Uma alimentação equilibrada, colorida e variada, com frutas e verduras, sem exclusão total de grupos alimentares - se não houver real necessidade -, continua sendo a melhor opção”, orienta a nutricionista.
Dessa forma, Isabela Gomes aponta que, levando em conta os itens principais da dieta da rainha, é possível manter hábitos alimentares equilibrados e acessíveis por meio do consumo de alimentos como ovos mexidos, torradas de pão francês ou integral, chocolate amargo, peixe com vegetais, carnes e aves.
Ela reitera, entretanto, que é preciso muito cuidado com as dietas low carb que, se realizadas por conta própria e de forma incorreta, podem acarretar danos à saúde. Além disso, o consumo de álcool - como o martini diário de Elizabeth II - também não é recomendado.
O Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), do Ministério da Saúde, aborda, na prática, como manter uma alimentação saudável. De acordo com Isabela Gomes, o documento é reconhecido internacionalmente como um dos melhores guias para uma alimentação saudável.
Apesar de a adaptação da dieta da rainha ser possível, a nutricionista aponta que é fundamental que a individualidade da pessoa seja levada em conta antes de tudo. “Temos que levar em consideração as condições que ela possuía, com disponibilidade de alguém para cozinhar suas refeições, a possibilidade de aquisição de todo e qualquer tipo de alimento, a rotina que ela levava, a genética, dentre outros fatores”, ressalva.
Além disso, ela lembra que, quando possível, o acompanhamento de um profissional nutricionista é sempre recomendado, para que a alimentação possa ser adaptada à realidade e às necessidades de cada indivíduo.
Outros hábitos saudáveis
Isabela Gomes também reitera que o cuidado com os hábitos alimentares não é suficiente: é preciso associá-los à prática de exercícios físicos, mesmo que de leve intensidade. Além disso, cuidados de exames periódicos, consumo adequado de água e baixa ingestão de substâncias tóxicas, como o álcool e o cigarro e o controle dos níveis de stress, são outros fatores fundamentais para uma vida saudável, conforme orienta a nutricionista.
Tudo isso pode melhorar a expectativa de vida e ajudar na prevenção de doenças crônicas como a hipertensão, a diabetes e a obesidade, além de auxiliar no tratamento de várias outras enfermidades e contribuir para o aumento da imunidade e da sensação de bem-estar físico e mental.