Aposentados do magistério cobram regularidade no pagamento na Alese
Cotidiano 19/04/2016 13h45Por Fernanda Araujo
Os aposentados e pensionistas de Sergipe têm enfrentado uma situação complicada: a incerteza financeira. Mês a mês vivem com a ameaça de serem surpreendidos com os atrasos nos pagamentos dos salários. Nesta terça-feira (19), parte desses aposentados do magistério esteve na Assembleia Legislativa para que os deputados tentem reverter os constantes adiamentos dos pagamentos.
Como o resto da população, essa parcela absorve aumentos de produtos (como remédios – que ficaram mais caros no começo de abril), além de mais impostos, custos e zero reajuste salarial. O Sintese relata que os atrasos em pagar na data correta, que é até o dia 30, ocorrem desde julho do ano passado, quando o governo dividiu o salário em duas parcelas pagando dentro do mês. Este ano a situação piorou -segundo a categoria, os professores começaram a receber no dia 12 do mês seguinte, posteriormente no dia 13 e, assim por diante.
Atualmente, em torno de 5 mil aposentados e pensionistas do magistério dependem da previdência do Estado. Muitos, já endividados e que dependem de remédios, questionam como vão conseguir organizar a vida financeira se a cada mês o pagamento é atrasado, o receio é que chegue ao ponto do governo pagar um mês e atrasar o seguinte. “Tudo isso tem nos deixado sem qualidade de vida nenhuma”, reclamam.
A aposentada Ubaldina Fonseca afirma que está fazendo uma verdadeira ginástica para administrar as contas. A professora lamenta que a categoria esteja se vendo como caloteira por conta, segundo ela, da “irresponsabilidade” do governo. O Sintese chegou a entrar na Justiça para que seja cumprido o pagamento até o dia 30, mas o governo recorreu e a categoria aguarda decisão.
“Já mudei até a data de pagamento do meu cartão de crédito. A gente vive nessa vida lutando. Voltou aquele tempo da bodega que anotava os pedidos para a gente sustentar a família. Hoje a gente não está na ativa, mas temos o direito de ter o resgate do nosso dinheiro que contribuímos durante todos os anos. A cada dia estão adiando mais o pagamento”, ressalta Ubaldina.
“As contas estão todas atrasadas, a gente tenta negociar, resolver com o cartão, um atraso na luz, na farmácia, a gente se sente constrangido, abandonado. Não é que nós aposentados somos melhores, mas temos necessidades diferentes dos servidores públicos mais jovens. A luta é constante. Sentimos que o governador não está nem aí para os aposentados, pelo menos não chegou para a gente para apontar alguma solução. O que a gente sabe é que ele fala que não tem solução e vai ser disso para pior, a cada dia mudando o dia do pagamento”, reclama a professora Maria Luci.
Aposentada há três anos, a senhora Edma Silva, afirma que é uma tragédia na vida dos aposentados. “Lamentável estar passando um momento desses, não dá gosto de dizer que é aposentado, o governo não tem sensibilidade com o povo, é uma catástrofe para nós. Sentimos mal, não tem nem como descrever, não sei como vou me manter. Ninguém está conseguindo pagar as contas, e ainda tenho pressão alta, diabete, artrose, é uma batalha de doenças”, diz.Fotos: Fernanda Araujo
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