Aracaju registra mais de três casos de violência contra a mulher por dia
Operação Átria é realizada em todo o Brasil para intensificar enfrentamento aos agressores Cotidiano | Por F5 News 07/03/2024 13h17Nesta sexta-feira (8) é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A data, além de comemoração é marcada por luta contra a violência ao genero feminino, uma vez que os casos de agressão aumentam dia após dia. Segundo dados do Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV), em Aracaju, somente em 2023, foram abertos 1.400 inquéritos policiais para casos de violência contra a mulher – o que dá uma média de mais de 3 casos por dia. Além disso, também foram emitidas no ano passado 1200 medidas protetivas e 375 agressores foram presos em flagrante.
E essa é uma luta incessante. Por isso, até o próximo dia 29 de março, está acontecendo em todo o País a Operação Átria, mobilização nacional de prevenção e combate à violência contra a mulher.
Coordenada pelo Ministério da Justiça, em parceria com os estados, a ideia é intensificar as ações de enfrentamento através da busca de suspeitos de feminicídio, ameaças, lesão corporal, estupro, importunação, perseguição (stalking), descumprimento de medidas protetivas, entre outros crimes.
Segundo a delegada Mariana Diniz, diretora do DAGV, é essencial essa ação articulada entre as forças de segurança, com o objetivo de dar mais efetividade ao trabalho de enfrentamento à violência doméstica. “Tudo isso visando dar um atendimento mais célere e mais eficaz”, afirmou.Mariana diz ainda que uma operação dedicada a este tema contribui na conscientização da sociedade para auxiliar na punição dos agressores. “Precisamos falar o quanto é importante fazer a denúncia e que através dela é que a Polícia Civil e os demais órgãos vão agir para poder enfrentar e quebrar o ciclo da violência”, completou.
A capitã da Polícia Militar, Fabiola Góis, coordena em Sergipe a Ronda Maria da Penha, criada especificamente para atuar nos casos de violência contra a mulher. Ela também enfatiza a necessidade de promover operações articuladas como a Átria no esforço para cessar os casos de agressões e no encorajamento à vítima. “A gente mostra para a população que as polícias e demais órgãos estão trabalhando em conjunto, com seriedade”, afirmou.“Quando a mulher percebe que tem uma estrutura policial a seu favor, ela se encoraja a denunciar o homem, procura se conscientizar. Acredito que é muito importante para se chegar a uma conscientização da nossa população e um encorajamento daquela mulher que realizar a denúncia. Muitas ainda têm medo de denunciar, muitas vezes desacreditam do trabalho da polícia. E uma operação como a Átria deixa claro que a vítima terá todo o acolhimento que ela merece naquele momento”, assegurou a capitã.