Por Elisângela Valença

Aracaju tem apenas três pontos autorizados para vendas de fogos

Apesar de ser uma tradição dos festejos juninos, a rejeição aos fogos de artifícios tem ficado mais evidente, principalmente por parte de quem tem animais, crianças ou pessoas adoentadas em casa e pelo sistema de saúde. “O número de chamadas no Corpo de Bombeiros aumenta e muito neste período pelas denúncias de venda irregular e queimaduras, especialmente em crianças”, disse major Maria Souza, assessora de Comunicação do Corpo de Bombeiros de Sergipe.

Enquanto a incômoda tradição não acaba, é preciso muito cuidado na hora de brincar perigosamente. O primeiro cuidado é na hora da aquisição. Deve haver uma distância de 6 metros entre uma barraca e outra, que deve ter uma dimensão de 3x5m, extintores, iluminação de emergência, além do atestado de regularidade emitido pelo Corpo de Bombeiros.

“Até o momento, apenas três pontos estão autorizados para comercialização de fogos em Aracaju: avenida Maranhão, Coroa do Meio e avenida Adel Nunes, que liga o Inácio Brabosa ao Augusto Franco. Outros pontos estão em fase de regularização, mas ainda não pode comercializar. Quem comercializar sem autorização, terá os fogos apreendidos, podendo ter instauração de inquérito policial”, disse o coronel Regnaldo Dória, comandante do Corpo de Bombeiros.

Na hora de ‘brincar’ com os explosivos, é preciso seguir outros cuidados. O local deve ser aberto, longe da rede elétrica, árvores ou vegetação que possa pegar fogo e deve-se observar o rótulo e as instruções de uso, principalmente a faixa etária adequada. “Tem fogos que exigem luvas, suporte, entre outras coisas. Então, não improvise e sigas as instruções”, disse major Maria. “E mesmo que ele seja adequado à faixa etária, nunca deixe crianças sozinhas”, acrescentou.

A fogueira também segue as regras de cuidados. “Na hora de apagar, é preciso garantir que ela foi extinta por completo, para que ela não reacenda e traga problemas”, lembrou major Maria.

Caso a queimadura aconteça, lave com água corrente, procure evitar hemorragia e vá imediatamente para um hospital.

Foto: Edmar Melo