Aterro sanitário em Rosário do Catete pode ser fechado novamente
Adema informa que irá cassar a licença ambiental da Estre por irregularidade Cotidiano | Por Laís de Melo 22/02/2022 14h13O aterro sanitário localizado no município sergipano de Rosário do Catete poderá ser fechado novamente, já que a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) pode cassar mais uma vez a licença ambiental da empresa Estre.
De acordo com informações do presidente do órgão, Gilvan Dias, foi realizado um relatório com informações que comprovam que a atual planta do aterro sanitário não cumpre as exigências ambientais.
“Acredito que no início de março ou ainda em fevereiro nós vamos cassar a licença do aterro ao que se refere aos resíduos sólidos urbanos. Isso é questão técnica e já está definido. Chegamos à conclusão de que da forma como está, não dá para ter continuidade”, afirma.
Ainda conforme o presidente da Adema, existem reclamações antigas e recorrentes de moradores sobre o mau cheiro que predomina na região do aterro em Rosário do Catete, e que atinge áreas residenciais do município.
"As reclamações acontecem desde 2013. Nós temos processos já nessa seara, mas estamos numa celeuma com o Ministério Público de Sergipe, que acabou de proibir o funcionamento de dois novos aterros que daríamos vazão em resolver essa situação em definitivo. Agora vamos cassar a licença da Estre e se o MP ou Judiciário entenderem que a empresa pode funcionar sem licença é uma outra discussão”, diz Gilvan.
Em dezembro de 2021, a Adema cassou a licença ambiental das empresas de aterro e transbordo sanitários do estado de Sergipe, o que resultou em decisão judicial solicitando a suspensão imediata das atividades dos Centros de Triagem de Resíduos (CTR) localizados em Itabaiana, Itaporanga D’Ajuda e Estância, além do aterro em Rosário do Catete, bem como uma unidade de transbordo de resíduos em Nossa Senhora do Socorro.
O fechamento dessas unidades acarretou em problemas e acúmulo de lixo em muitas cidades, inclusive na capital sergipana, que amanheceu no dia 14 de dezembro com diversos pontos de acúmulo de resíduo. Com o resultado negativo, a Justiça voltou atrás da decisão e solicitou a retomada do funcionamento.