Avião que caiu em Aracaju é registrado em nome de empresário envolvido na Chacina de Unaí | F5 News - Sergipe Atualizado

Hugo Pimenta
Avião que caiu em Aracaju é registrado em nome de empresário envolvido na Chacina de Unaí
Monomotor possuía registro ativo na Anac na categoria ‘privada experimental’
Cotidiano | Por Will Rodriguez 06/05/2021 20h42 - Atualizado em 07/05/2021 11h09


A avião monomotor que caiu nesta quinta-feira (6) em Aracaju está registrado como propriedade de uma empresa que tem como um dos sócios Hugo Alves Pimenta, segundo apuração do F5 News. Ele foi um dos três julgados pela chacina de Unaí (MG), em 2004, ao lado de Alberto Mânica e José Alberto de Castro.

De acordo com o registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave PR-ZSF, uma RV-10 de três lugares, foi fabricada em 2014 e adquirida em junho de 2018 pela HP Armazéns Gerais, empresa do ramo alimentício da qual Hugo Pimenta é um dos sócios. Ela teve a operação para táxi aéreo negada, mas possuía registro ativo na categoria ‘privada experimental’.

Ainda conforme apurado pelo F5 News, um genro de Hugo Pimenta seria o passageiro trazido pela aeronave na manhã desta quinta-feira para Aracaju, onde ele teria reuniões empresariais. Ele chegou ao local do acidente cerca de 90 minutos depois da queda, mas não quis falar com a imprensa. À Polícia, ele declarou que a aeronave seria nova e teria apenas 400 horas de voo.

À TV Sergipe, o empresário Hugo Pimenta informou que vendeu a aeronave no ano passado e não tinha conhecimento da viagem a Aracaju.

Chacina de Unaí

O crime conhecido como Chacina de Unaí ocorreu em 28 de janeiro de 2004, quando quatro servidores do Ministério do Trabalho foram mortos a tiros ao se dirigirem para fiscalização em uma fazenda da região. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do F5News

Segundo o Ministério Público Federal, no dia 28 de janeiro de 2004, os fiscais Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira, foram emboscados em uma estrada de terra próxima de Unaí, enquanto faziam visitas de rotina a propriedades rurais.

Em julho de 2019, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou, por unanimidade, os recursos de embargos de declaração apresentados pela defesa. O trio foi condenado em 2013 como responsável pela execução do crime.

Hugo Alves Pimenta foi apontado como intermediário pelo Ministério Público de Minas Gerais e fechou acordo de delação premiada. Ele confessou que foi procurado pelo fazendeiro Norberto Mânica para contratar um matador de aluguel para assassinar um dos auditores, mas negou a participação no crime.

O empresário teve sua pena foi reduzida de 96 anos para 47 anos em julgamento de 2015. Em 2019, caiu para 31 anos e 6 meses de reclusão. E em agosto, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, concedeu habeas corpus a ele porque o processo não foi transitado em julgado.


 

Edição de texto: Monica Pinto
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