Os últimos meses do ano são conhecidos pela predominância do calor forte com pancadas de chuva. Esse conjunto de fatores é o mais propício para acelerar o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Por isso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), lembra à população quais são os cuidados mais importantes durante esse período.

Agência Aracaju/Reprodução

“Com a proximidade do verão, há um desenvolvimento mais rápido do ovo se transformar em mosquito, considerando isso, em cinco dias já teremos um mosquito adulto, que se estiver infectado, transmitirá as doenças transmitidas pelo Aedes. Por essa razão, existe a possibilidade de haver surtos ou epidemias no verão, justamente porque há o sol muito quente e de vez em quando as chuvas”, explica a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da SMS, Taise Cavalcante.

A água mais quente do que o habitual auxilia o surgimento rápido do mosquito, o que leva a população a aumentar a vigilância nas ruas da cidade, praças e casas, sobretudo porque o principal local de predominância dos criadouros é na residência de cada morador que deixa de lado o cuidado com a saúde coletiva.O controle residencial segue recomendações de limpeza dos reservatórios de água e a não permanência de água parada.

Atitudes simples podem diminuir as chances de proliferação do mosquito, incluindo escorrer a água dos pratinhos de plantas, não permitir o acúmulo em lajes, colocar areia em todos os locais que acumulem água no quintal, manter fechado em caso de inutilização os ralos de cozinha e banheiro, lavar com bucha e sabão duas vezes por semana lavanderias, tonéis e depósitos de água, além de mantê-los cobertos; dentre outras.

Cuidados nas férias
Outro fator que colabora com o aumento da população do mosquito são as viagens de férias, lembra o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Jeferson Santana.

“Todo mundo deve estar em alerta sobre essa motivação que começa a se intensificar, agora, com o período de festas e férias, onde algumas pessoas saem e outras acabam chegando na nossa cidade. Ao viajar, o proprietário deve deixar os depósitos muito bem fechados, de preferência sem água para que, quando a pessoa retorne das férias, não tenha a sua casa infestada de Aedes aegypti”, destaca Jeferson.

Em novembro deste ano, a Prefeitura de Aracaju divulgou o sexto e último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2023, produzido pelas equipes de agentes de endemias da Saúde de Aracaju. Ele registrou o menor índice de infestação pelo mosquito dos últimos 20 anos e, para manter a população livre das doenças transmitidas pelo mosquito, tanto moradores quanto o poder público devem agir.

Em comparação ao ano passado, houve uma queda expressiva de 67,2% dos casos de dengue, 68,4% nos de chikungunya e de 7,5% nos de zika. O sexto LIRAa do ano, na capital, foi realizado entre os dias 6 e 10 de novembro. No levantamento anterior, divulgado em setembro, Aracaju havia registrado índice 1,0, também classificado como baixo risco e o menor dos últimos cinco anos. Realizado a cada dois meses, o LIRAa é classificado em três níveis: baixo (de 0,0% a 0,9%), médio (de 1,0% a 3,9%) e alto (acima de 4,0%).