Caso Genivaldo: foi encerrada a fase de coleta de depoimentos
Neste 5º dia da audiência, foram ouvidos os policiais rodoviários réus no processo Cotidiano | Por F5 News 06/12/2022 21h24Nesta terça-feira (6), foram encerradas as audiências de coleta de depoimentos do processo criminal movido contra os três policiais rodoviários federais acusados de participar da abordagem que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, no dia 25 de maio de 2022, no município de Umbaúba, localizado na região Sul de Sergipe.
Neste quinto dia da audiência de instrução, os policiais foram ouvidos no decorrer do dia na sede da Justiça Federal, em Aracaju.
"Na oportunidade, foi conferido prazo para acusação, assistente de acusação e defesas apresentarem alegações finais na forma escrita. Após esse período, o juiz titular da 7ª Vara, Rafael Soares Souza, irá proferir decisão em que resolve se os réus serão ou não submetidos ao Tribunal do Júri", explica a Justiça Federal por meio de nota.
Audiências
No dia 22 de novembro, primeiro dia de audiências, foram realizadas as oitivas de 19 testemunhas de acusação.
Na quarta (23), foram iniciadas as oitivas das testemunhas de defesa.
Na quinta-feira (24), foram suspensas as audiências, em atendimento ao pedido da defesa.
Na última sexta-feira (25), foram ouvidas apenas duas testemunhas de defesa, pois a audiência foi novamente suspensa, por causa de um problema de saúde apresentado por um dos réus, que foi conduzido para atendimento médico em um hospital da capital sergipana.
Relembre o caso
Genivaldo de Jesus foi morto após ser abordado pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por pilotar uma moto sem capacete. Ele foi imobilizado e preso no porta-malas de uma viatura durante ação truculenta dos policiais.
Nas imagens registradas e divulgadas por testemunhas, é possível observar que, após prender Genivaldo na viatura, os agentes jogam um dispositivo que emite fumaça dentro do porta-malas e continuam pressionando a porta, impedindo a saída da vítima.
A PRF confirmou o uso de gás lacrimogêneo durante a ação. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.