Casos de covid-19 crescem 1014% nas três primeiras semanas de janeiro em Sergipe
Ocupação dos hospitais é baixa, mas população deve reforçar medidas preventivas Cotidiano | Por F5 News 25/01/2022 06h00O ritmo das contaminações por covid-19 ganhou força em Sergipe ao longo das três primeiras semanas de janeiro. É o que mostram os dados compilados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que registrou um aumento de 1014% no número de confirmações da infecção causada pelo novo coronavírus no estado.
A expansão acelerada dos casos de covid-19 com a disseminação da variante Ômicron levou Sergipe a confirmar mais de 4,4 mil infecções somente nos 22 primeiros dias de 2022. Confira o detalhamento por semana epidemiológica:
2 a 8 de janeiro - 276 casos
9 a 15 de janeiro - 1.083 casos
16 a 22 de janeiro - 3.075 casos
Apesar da taxa de contágio semelhante à primeira onda da pandemia, a proteção conferida pela vacinação produziu um cenário em que o número de casos é maior que em outros momentos, mas as mortes e internações não crescem na mesma proporção.
Entre 2 e 22 de janeiro, 15 mortes por covid-19 foram confirmadas em Sergipe. Já o número de pessoas internadas, atualmente, é de 63. Isso corresponde a uma ocupação de 23% das vagas em hospitais públicos e 24% nos hospitais particulares.
Na rede municipal de Aracaju, 16% dos internados não tomaram nenhuma dose de vacina e mais da metade dos idosos internados estão com a dose de reforço atrasada.
O risco da transmissão tão acelerada é um colapso na prestação de serviços, o que não se restringe ao atendimento hospitalar, como ocorre em outros estados. "Quando as pessoas testam positivo ou têm contato com pessoas adoentadas, elas precisam ficar isoladas, então, as empresas deixam de ter seus times completos. Com isso, vemos até empresas aéreas que não conseguem colocar aviões no ar", exemplifica Guilherme Horta Travassos, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Travassos recomenda que a população use máscara, mantenha a higiene das mãos, evite lugares com aglomeração e complete o esquema vacinal, fator que ele considera primordial para que o cenário atual não avance e atinja patamares de internação registrados em outros momentos de transmissão acelerada. "A demanda hospitalar ocorre, principalmente, com aqueles indivíduos que não estão com a vacinação completa”, disse em entrevista à Agência Brasil.