Por Fernanda Araujo

Em todas as delegacias de Sergipe, os policiais civis suspenderam algumas atividades a partir desta terça-feira (9) por 48 horas. A categoria deixa de confeccionar boletins de ocorrência, conduzir investigações, de cumprir mandados de prisão e condução coercitiva desde 8h de hoje até quinta-feira, dia 11, no mesmo horário.

Os policiais criticam os constantes atrasos salariais por parte do governo do Estado. Eles reclamam que há quase dois anos o pagamento dos salários está sendo feito em atraso. O vencimento de abril, segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), ainda não foi pago; a informação é que só devem receber no dia 11.

“No mês de abril o último dia útil foi dia 28. Estamos passando a mesma situação como todos os trabalhadores, tendo contas atrasadas de cartão, escola dos filhos, prestação de imóvel e carro, conta de luz e água. Em muita gente gerou uma bola de neve. Quando a gente recebe em 10, 12 dias de atraso, recebemos sem juros. No banco do Estado, o Banese, somos obrigados a pagar com juros”, afirma o policial Jorge Henrique dos Santos, do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).

A medida foi tomada em assembleia da categoria em abril, quando foi decidido que, se não houvesse o pagamento do salário dentro do mês trabalhado, a partir do sexto dia útil do mês subsequente, em maio, os policiais só fariam procedimentos emergenciais.

Estão mantidos apenas os serviços como autos de prisão em flagrante, expedição de guias para exames do Instituto Médico Legal (IML), em vivos e mortos, e lavratura de Termo de Ocorrência Circunstanciado.

F5 News entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), que informou que a delegada geral Katarina Feitosa participa de uma reunião e a assessoria, posteriormente, deve se pronunciar.