Condenado policial responsável por matar adolescente David Philipe
Crime ocorreu em 2014, durante abordagem da Polícia Militar na cidade de Socorro Cotidiano | Por F5 News 06/09/2022 12h27O capitão da Polícia Militar de Sergipe Jamisson Santos foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pela morte do adolescente David Philipe Mota durante abordagem no conjunto Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro, município da Grande Aracaju, no ano de 2014.
O júri popular ocorreu durante toda essa segunda-feira (5), no Fórum Arthur Oscar Déda. A defesa recorreu da decisão judicial, alegando que o réu havia sido denunciado por homicídio simples, mas foi pronunciado pelo crime de homicídio qualificado.
Por meio das redes sociais, a mãe da vítima comemorou o resultado do julgamento. "Passando para agradecer a todos que durante esses 8 longos anos estiveram na torcida pela condenação do policial que tirou a vida do meu filho amado, David Philipe. Graças a Deus, o policial foi condenado a 12 anos de prisão. Sei que não traz meu filho de volta, mas hoje toda a sociedade sabe que meu filho não é o marginal que a polícia pintou", disse.
Relembre o caso
No dia 12 de março de 2014, policiais militares realizavam patrulha na região do Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro, quando avistaram um comportamento que consideraram suspeito, por parte do condutor de uma motocicleta, da qual o adolescente David Philip Mota era passageiro.
Os agentes disseram ter solicitado que o veículo parasse e, não sendo atendidos, começaram uma abordagem. A versão policial que circulou na época foi de que, ao ser decretada voz de prisão, David Philipe teria reagido com uma arma de fogo, dando início início ao confronto com os policiais.
O adolescente foi atingido com um tiro na cabeça, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu ainda no local.
Na época, o episódio causou muita comoção entre a população, que realizou diversos protestos pedindo justiça por David. A família alegava que a versão contada pela polícia não era a verdadeira, o que se comprovou pela pena no julgamento.