Neste sábado (23), no Brasil, é comemorado o Dia do Sorvete, sobremesa muito consumida em período de maior calor, característico do verão. Mas em Aracaju, onde as temperaturas dificilmente caem abaixo de 23° - temperatura média mínima da cidade -, é comum as pessoas optarem por se refrescar com as delícias geladas também na primavera, estação que se inicia também nesta data. 

O primeiro relato sobre o sorvete remonta há mais de 4 mil anos na China. Porém, na época, seu preparo era diferente do feito nos dias atuais. Como não existia geladeira e os insumos eram caros, a iguaria era produzida durante o inverno para inserção de um ingrediente à receita: neve. Sendo assim, apenas a elite consumia o produto. 

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), os primeiros brasileiros a terem acesso ao doce gelado foram os cariocas, em 1834, quando dois comerciantes da região compraram cerca de 200 toneladas de gelo, que vieram em um navio, para produzir a sobremesa com frutas brasileiras. 

Naquela época, o preparo e a maneira de conservar o sorvete ainda não se comparava com as da atualidade, obrigando o consumo a ser rápido. A divulgação das vendas era feita em anúncios com a hora exata da fabricação, o primeiro apareceu em São Paulo, em 4 de janeiro de 1878, com a mensagem: “SORVETES -  Todos os dias Às 15 horas, na Rua Direta, n°44”.

No entanto, com o passar das décadas, a produção e a forma de venda do sorvete foram modificadas. F5 News ouviu o empresário Luiz Eduardo Costa, há 40 anos responsável por uma das mais longevas sorveterias em Aracaju, funcionando desde 1974 - a Vi Sabor. 

“O processo de produção do nosso sorvete é artesanal, os de frutas são produzidos com o máximo de frutas frescas. Quando não é possível, fazemos com polpa congelada. Já nos com base leite, é feita uma criteriosa escolha dos materiais, não utilizando gordura vegetal”, disse ao F5 News. 

Luiz Eduardo confirma que as vendas do gelado têm aumentos sazonais, diretamente ligados às estações do ano: “Produzimos cerca de 500 litros de sorvete por semana na baixa estação, podendo chegar a 1200 litros por semana no verão, a alta estação”.

Na Vi Sabor, segundo ele, entre os sabores que mais cativam os paladares dos clientes, estão os que se enquadram como tipicamente sergipanos, como os sorvetes de mangaba e o de castanha.

Mas uma das opções sobressai das outras por seu diferencial - a edição limitada “Pré-Caju”, em homenagem a maior prévia carnavalesca de Sergipe que acontece em novembro - feita com baunilha branca mesclada com pedaços de doce de caju. 

Confira outros estabelecimentos em Aracaju para comemorar o Dia do Sorvete:

il Sordo Gelato: Os sorvetes não contém gordura vegetal, essências ou corantes artificiais. Há opções de produtos veganos, sem lactose e zero sacarose. O fundador da gelateria é Breno Oliveira, surdo de nascença - dai o nome da casa, O Gelato Surdo em italiano. Os funcionários têm deficiência auditiva, em uma proposta de inclusão. O endereço é rua Cristóvão de Barros, 90, Treze De Julho.

Moniery: Os sorvetes se diferenciam entre a base de água, diet e linha premium. A sorveteria fica na rua Copérnico, 2, bairro Inácio Barbosa;

Castelo Branco: Além dos sorvetes naturais e artesanais, a tradicional sorveteria produz sabores zero açúcar e veganos, em dois endereços, na avenida São João Batista, 2, bairro Castelo Branco, e na avenida Jorge Amado, 1466, no Jardins;

Gelateria Moderna: Autointitulada como responsável pelo "Gelato mais irresistível", a Moderna foi inaugurada em 1960 e reproduz as técnicas do gelato italiano. É possível encontrar os doces em alguns endereços como nos shoppings Jardins e Riomar, e nos food parks Maui e Hangar.