Conheça histórias de primeiros da família a cursarem ensino superior em SE | F5 News - Sergipe Atualizado

Dia do Estudante
Conheça histórias de primeiros da família a cursarem ensino superior em SE
Diante das dificuldades, a graduação é uma conquista marcante para muitas famílias
Cotidiano | Por F5 News 11/08/2023 19h30


Nesta sexta-feira, 11 de agosto, é comemorado no Brasil o Dia do Estudante. A celebração ocorre desde 1927, quando se completaram os 100 anos da criação dos dois primeiros cursos de direito do país. Na época, Dom Pedro I criou os cursos nas áreas de Ciências Jurídicas e Ciências Sociais. 

Atualmente, a data ressalta a importância da educação formal como instrumento de mobilidade social. Porém, diante das dificuldades pessoais e de acesso à graduação superior no país, concluir o ensino médio e ingressar em uma universidade é motivo de orgulho, sobretudo para quem é a primeira pessoa da respectiva família a alcançar essa vitória.  

Segundo o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2015, uma em cada três pessoas que concluíram o ensino superior naquele ano era a primeira da família a conquistar o diploma de uma graduação. 

Com Vanessa Oliveira, 23 anos, e Aanne Karolinne, 22 anos, não foi diferente, as recém formadas em Psicologia e Relações Internacionais, respectivamente, fazem parte dessa categoria. Em entrevista ao F5 News, as jovens relataram a importância da educação e como o incentivo e o apoio de familiares foram imprescindíveis durante a jornada acadêmica. 

 

Segundo Aanne, ela sempre recebeu incentivo e ajuda nas atividades escolares por parte dos pais e o próximo passo é já embarcar em uma pós-graduação. “Pretendo ir para o mestrado, sempre foi meu sonho seguir a carreira acadêmica. Sempre planejei fazer curso superior e depois seguir no mestrado e, em seguida, doutorado. Era meu sonho de infância”, disse ao portal.

Já com Vanessa, o apoio familiar não foi diferente, ela conta que estudou em uma universidade particular através do programa ProUni e hoje consegue retribuir, através da profissão, todo o incentivo por parte da mãe, dona de casa.

Ela disse ao F5 News que sentiu necessidade de conhecer um pouco mais a universidade antes do começo das aulas. "Nunca tive alguém próximo que tivesse entrado e foi tudo muito novo, ao mesmo tempo que era algo muito bom, pois realizava um sonho, não sabia o que esperar da faculdade e chegou a ser assustador, diz Vanessa, filha de um zelador em um condomínio.

"Isso além das necessidades de materiais, como livros, cópias, e sem um recurso tecnológico fica inviável ter acesso a todos os materiais, que ainda se soma à mudança de rotina, pois como baixa renda, precisei por vezes conciliar trabalho, estágio e faculdade para conseguir me manter, não apenas em casa como os custos de transporte, alimentação", revelou ao F5 News. 

No que a hoje psicóloga lembra como um "caminho árduo", houve, porém, boas vivências. “Durante a graduação consegui uma ótima oportunidade de emprego na minha área e no final do curso consegui me mudar pra capital para manter estudos e trabalho sem precisar da ajuda de meus pais. Hoje moro sozinha, coisa que não imaginava ser possível, e já consigo ajudar minha mãe de forma financeira, mesmo que ainda sendo pouco", disse Vanessa ao F5 News. "Sigo crescendo na minha profissão e acredito que não está longe de conseguir a tão sonhada estabilidade”, afirma. 

Neste dia, mesmo com as dificuldades enfrentadas - difícil locomoção para ir estudar, déficit de materiais escolares, falta de professores - que desestimula os estudantes, as jovens que já passaram por esse processo desejam melhorias e avanços para a educação. 

“Meu desejo é que mais pessoas consigam entrar em faculdades públicas e que o ENEM se torne mais democrático, já que hoje em dia está tão difícil”, avalia Aanne.

Para Vanessa, além da qualidade de ensino e um preparo adequado para entrar na vida acadêmica, o mais importante é uma rede de apoio. "Sem uma rede de apoio não é fácil enfrentar as dificuldades impostas na educação do nosso país; tendo alguém que acolha nossas dores, nossos medos e nos incentive a seguir em frente, se torna mais prazeroso seguir estudando para conquistar o que tanto desejamos através dos estudos - estabilidade”, pontua a hoje psicóloga. 
 

Edição de texto: Monica Pinto
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