Criança de dois anos morre e família diz que houve negligência | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipe
Criança de dois anos morre e família diz que houve negligência
A menina morreu esperando a transferência para um leito de UTI em Aracaju
Cotidiano | Por Aline Aragão 15/06/2021 19h11


Foi sepultado na tarde desta terça-feira (15) o corpo da pequena Kiara Sophia, de apenas dois anos, no município de Itabaianinha, Sul de Sergipe. A criança morreu nessa segunda-feira (14), no hospital de Estância, à espera de um leito de UTI. A família disse que houve negligência.

A tia da menina, Kelyane Araújo, disse ao F5 News que Kiara foi levada ao hospital de Itabaianinha na sexta-feira (11), por volta das 4h, com forte cansaço. Após atendimento, a equipe do hospital informou à família que a criança precisava ser transferida para o Hospital de Estância. 

“Isso já era 9h da manhã, passamos mais de oito horas esperando uma ambulância, que só foi chegar às sete da noite”, disse Kelyane.

A tia relata ainda que, no hospital de Estância, a criança foi logo para o oxigênio e os médicos informaram que ela precisava de um leito de UTI e que, por isso, teria que ser transferida para Aracaju. Segundo a família, o teste para covid-19 deu negativo.

“Fiquei no hospital, ao lado dela, vendo as horas passaram, e o tempo dela também, foi quando entrei em desespero e fiz um vídeo pedindo ajuda. Eu já não estava suportando aquela agonia, a ambulância não chegava e a situação só piorava. Ninguém dava uma resposta. Depois que eu fiz o vídeo, quiseram me tirar de perto da minha sobrinha, e eu fui pra cima e não me arrependo. Só foi o vídeo passar na TV, pra ambulância chegar, mas já era tarde”, lamenta a tia de Kiara Sophia.

Kelyane diz que houve negligência, que se a sobrinha tivesse recebido o tratamento adequado no tempo certo poderia estar viva. Pouco antes e durante a transferência, a pequena teve algumas paradas cardíacas e não resistiu.

“Isso é um absurdo, a família está arrasada. Por que não mandaram a ambulância antes?”, questiona. 
 
Por meio de nota, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) afirmou que “diante do cenário de pandemia, com alta no número de casos e de pacientes agravando nas unidades hospitalares solicitando transferência, a remoção de pacientes tem acontecido num tempo maior que o habitual”

A nota diz ainda que o SAMU só realiza a transferência de pacientes com leito já definido.

“Dessa forma, quando acionado pela Unidade de Saúde para atender Kiara Sophia, o Samu buscou leito de retaguarda nas Unidades, uma vez que a paciente já estava em estado grave. O leito foi disponibilizado no dia 14, na ala vermelha do Huse, mas na pré-remoção a equipe foi informada da indisponibilidade por conta de um problema estrutural no leito”.
 

Edição de texto: Monica Pinto
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