Deso: funcionários cobram igualdade de direitos na empresa
Cotidiano 01/12/2015 11h56Por Fernanda Araujo
Funcionários da Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, realizaram um ato em frente à empresa, no início da manhã desta terça-feira (01). Cerca de 300 trabalhadores do setor administrativo da sede, em Aracaju, e das regionais sul, norte e centro oeste do estado se reuniram para cobrar igualdade de direitos, melhores condições de trabalho e ampliação dos serviços à sociedade. Eles também repudiam a privatização da empresa.
“Têm colegas aqui concursados que estão há 11 anos na empresa e são considerados novatos. O edital do concurso de 2003 tinha uma cláusula de que eles não tinham direito aos benefícios dos colegas que já estavam na empresa, a exemplo da jornada de seis horas de trabalho, e vários outros direitos. Ano a ano a gente foi conseguindo alguns benefícios. Hoje só resta o turno corrido, que é a carga horária. Nós temos a carga horária de 40 horas enquanto a de outros é de 30 horas”, afirma Givanilde dos Santos, representante da Comissão de Negociação do Acordo Coletivo.
A mobilização foi decidida em assembleia no sindicato da categoria, o Sindisan, no último dia 28. A outra luta, de acordo com a funcionária Samirines Lemos é pela dignidade dos aposentados. “A empresa hoje quer demitir os aposentados de forma arbitrária, sem nenhum plano, sem nenhuma previdência complementar. A aposentadoria compulsória é quase como se fosse por justa causa, sem direito a nenhum valor rescisório. Estamos lutando por uma só categoria e para espantar de vez o fantasma da privatização, cortando os custos com pessoal, e tornando a empresa viável para a sociedade. Que todos tenham isonomia, direitos iguais e os mesmos benefícios”, ressalta outra representante da Comissão.As condições de trabalho e o setor de atendimento também são alvos de críticas. Segundo o funcionário Rafael Barros, há necessidade de valorização da empresa neste sentido, sobretudo, em áreas onde não há segurança e que precisam ser reestruturadas, principalmente no interior. “A área de atendimento, inclusive, está muito defasada, sobretudo, pela necessidade da população em tirar uma segunda via de conta, fazer uma instalação ou reinstalação de hidrômetro, e até retirada de vazamento, por exemplo”, ressalta.
Hoje completa um mês das negociações entre a comissão e a empresa, no entanto, para os representantes falta interesse da diretoria em dar uma resposta satisfatória. “Enviamos a nossa proposta, mas a empresa não trouxe nada que satisfizesse os anseios da categoria. Estamos tentando provar para a sociedade que a empresa é viável para o serviço público. Estamos trabalhando com saúde pública, se tiver privatização – como iniciado em outros estados – vai ter aumento exacerbado da taxa de água e o serviço não vai ser a contento”, avalia André Araujo.
Caso não haja resposta, tanto da empresa quanto do governo do estado, há a possibilidade dos trabalhadores paralisarem as atividades. F5 News entrou em contato com a assessoria de comunicação da Deso, a qual informou apenas que a direção estava decidindo se iria se pronunciar sobre o assunto.
Fotos: Fernanda Araujo/F5 News
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