Dia da Caatinga: conheça iniciativas de proteção ao ecossistema em Sergipe | F5 News - Sergipe Atualizado

Meio Ambiente
Dia da Caatinga: conheça iniciativas de proteção ao ecossistema em Sergipe
Bioma é o único exclusivamente brasileiro e berço de biodiversidade em fauna e flora
Cotidiano | Por Ana Luisa Andrade 28/04/2023 19h30


A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro e ocupa uma área de cerca de 862.818 km², correspondendo a mais de 10% do território do país e sendo o principal ecossistema da região Nordeste. Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), cerca de 27 milhões de pessoas vivem nas localidades originalmente ocupadas pelo bioma.

Em Sergipe, a caatinga está presente predominantemente na região do Alto Sertão do estado, banhada pelo rio São Francisco e composta pelos municípios de Canindé de São Francisco, Gararu, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo e Porto da Folha. Juntas, as cidades totalizam uma população estimada em mais de 165 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021.

Apesar de sua aparência menos exuberante, em comparação à floresta tropical ou à mata atlântica, a caatinga é moradia de uma fauna muito diversa - de aves a répteis - e de uma flora que inclui árvores cujos frutos são apreciados largamente, como a mangaba e o cajá - estes também presentes no cerrado brasileiro -, umbu, pitomba, caju e o menos conhecido licuri

Segundo o MMA, aproximadamente 80% dos ecossistemas originais da caatinga já foram alterados em todo o Brasil, principalmente por meio de desmatamentos e queimadas. Em Sergipe, não foi diferente. De acordo com dados do projeto Mapbiomas, iniciativa realizada pelo Observatório do Clima, entre 1985 e 2021, o estado perdeu 53,9% de área do bioma.

Com o objetivo de reverter esse cenário, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) desenvolve o Projeto Convert - Conservação e Recuperação da Caatinga do Monumento Natural do São Francisco -, que trabalha na execução do plano de recuperação florestal de 600 mil m² de áreas degradadas de vegetação no entorno da Unidade de Conservação que dá nome à iniciativa. 

O projeto é realizado em Canindé de São Francisco e envolve alunos, técnicos, professores e pesquisadores das áreas de Zootecnia, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Engenharia Agrícola dos campi de São Cristovão e do Sertão, em Nossa Senhora da Glória, sob coordenação do professor Elias Carnelossi. 

Logo no início do Convert, lançado em agosto de 2022, uma agricultora realizou o plantio de 30 mudas de umbuzeiro, uma das árvores típicas da região. A estimativa, ao final de três anos de execução do projeto, em 2025, é plantar 6 mil mudas de variadas espécies nativas, doadas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). 

O projeto opera ainda com estudos que visam o enriquecimento ecológico e a recuperação dos solos da região.

A Constituição Estadual de Sergipe contempla a proteção da caatinga, citando o bioma em seu Art. 234: "São áreas de relevante interesse ecológico, conforme dispuser a lei: os sítios arqueológicos, as cavernas, encostas de morro com mais de quarenta e cinco graus de inclinação, faixa mínima adequada ao redor dos cursos de água, a caatinga e o cerrado, e sua utilização far- se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso de recursos naturais".

Edição de texto: Monica Pinto
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