Instituído em 12 de novembro de 1968, através da Lei 7.208, o Dia Nacional dos Supermercados regulamentou a atividade que hoje, em Sergipe, possui quase cinco mil empresas em funcionamento no ramo de produtos alimentício na categoria de supermercados e hipermercados.

Dia Nacional dos Supermercados: atividade completa 47 anos

Segundo o presidente da Associação Sergipana de Supermercados (Ases), João Luiz Oliveira (foto), os supermercados geram mais de 10 mil empregos diretos e 30% desse número são de indiretos. “Temos analisado o cenário e a realidade do nosso estado. Os empresários não fizeram demissões motivadas pela crise, contudo não há o crescimento de forma acelerada de postos de trabalho, como em anos anteriores”.

“O supermercado é um setor que acredita no país. É um setor criativo, que lida com toda parcela da população. O patamar de venda permanece o mesmo, o que há é o índice da inflação que gera o gráfico em projeção invertida quando comprado com o ano de 2014”, explicou o presidente.

Para o empresário Francisco Firmino, que comanda uma loja na cidade de Nossa Senhora do Socorro, o consumidor mudou de hábito e foi preciso acompanhar essa mudança. “Antes sobrava carne de segunda no meu açougue, hoje falta. Eles, os consumidores, adequaram a realidade com a necessidade e eu me enquadrei na situação para poder atender a todos”. Firmino releva que baixou a margem de lucro para passar pelo cenário atual sem perder vendas, o que tem atraído a atenção dos consumidores para comprar em quantidade. “Quando um produto, de necessidade básica, está em promoção o cliente aproveita para fazer estoque”, garante.

Já para o colaborador Jerônimo Peixoto, que trabalha em uma empresa em Itabaiana, a crise é mais política do que econômica. “O Brasil não deixou de ser a 7º economia do mundo. Já passamos por inflações piores nos anos 80. É inegável dizer que houve retração do consumo, mas a retração do supérfluo. O setor supermercadista atende a todos os públicos, com todos os tipos de produtos. Os produtos de tipo B e C subiram nas vendas e estamos seguindo esse ritmo”, explica.

João Luiz lembra que a Associação tem feito ações que promovem a qualificação e ampliação de clientes nas lojas, como a realização de oito Oficinas de atendimento ao Cliente com Deficiência. “Esse projeto teve como finalidade primeira incluir as pessoas com deficiência no varejo através do atendimento qualificado, mas também de conquistar novos clientes. Essas pessoas são clientes que deixavam de ir às compras pela limitação das empresas em atender, o que hoje foi minimizado”.

Sergipe possui também uma das cestas básicas mais baratas do país. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), na pesquisa da Cesta Básica de Alimentos realizada em outubro, apesar o aumento de 0,93%, o menor valor médio foi encontrado na cesta básica de Aracaju, R$ 282,87. Uma diferença de quase R$100,00 da capital com o maior custo, São Paulo, R$ 382,13.

Quanto ao aumento dos preços dos produtos para o final de ano, o presidente revela que vai ocorrer elevação influenciada pelo aumento do dólar, mas que as empresas já preparam promoções de produtos que, em alguns casos, os preços podem ficar inferiores ao ano anterior.