Por Will Rodriguez

Edvaldo volta a apelar pelo fim da greve dos médicos de Aracaju

O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) voltou a utilizar o seu perfil no twitter, na noite desta sexta-feira (24), para apelar aos médicos pelo fim da greve que completou dois meses esta semana.

As postagens foram feitas enquanto o comunista participava da inauguração do Centro de Artes e Esportes na zona oeste da capital. Segundo o prefeito, 60% dos 426 médicos da rede municipal já fizeram o empréstimo de antecipação do salário de dezembro, que foi parcelado em 12 vezes. “Faço aqui um apelo para que os médicos retornem ao trabalho”, postou.

Em outra publicação, Edvaldo afirma que vai cumprir as promessas da campanha eleitoral, mas pede compreensão.

Vou cumprir todos os compromissos que prometi em campanha. Mas entendam que só estou na @PrefAracaju há menos de 90 dias

— Edvaldo Nogueira (@EdvaldoNogueira) 24 de março de 2017

A greve dos médicos começou porque a categoria rejeitou a proposta de parcelamento do salário do mês de dezembro em um ano. A Câmara de Vereadores aprovou um empréstimo para antecipação do valor, mas ainda assim os profissionais mantiveram a paralisação.

Agora, os médicos querem que a Prefeitura pague o salário de dezembro em um número menor de parcelas. Ainda assim, segundo a administração municipal, a única alternativa do servidor é o empréstimo pessoal por meio da Caixa ou Banese.

Segundo o Sindicato dos Médicos, o prefeito Edvaldo Nogueira agendou uma reunião com os representantes dos grevistas para a terça-feira (28). “Espero que realmente seja uma reunião de negociação visando consensuarmos uma proposta para que a greve chegue ao fim”, disse o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, ao F5 News esta semana.

Após a publicação da notícia pelo F5 News, o prefeito voltou ao twitter para informar que os representantes dos médicos serão recebidos pelos secretários da Saúde, André Sotero, e das Finanças, Jeferson Passos. Edvaldo tamém lembrou que todos os médicos estão com os salários deste ano em dia. "A população precisa do trabalho destes profissionais", twettou.

Com o movimento paredista, os médicos mantiveram 50% do efetivo nas duas unidades de Urgência e Emergência. Ainda assim, cerca de quatro mil atendimentos deixam de ser feitos por dia nos 43 postos de saúde da capital.

Para tentar minimizar o impacto da greve, a Secretaria da Saúde decidiu contratar médicos temporários, mas a medida não surtiu o efeito esperado porque apenas 16 substitutos já estão trabalhando dos 88 que eram previstos.  

Foto: reprodução Sindimed