Em 2023, 132 casos de câncer de próstata foram confirmados em Sergipe | F5 News - Sergipe Atualizado

Saúde
Em 2023, 132 casos de câncer de próstata foram confirmados em Sergipe
Homens na faixa etária entre 75 a 79 anos foram os mais atingidos pela doença
Cotidiano | Por Emerson Esteves 11/11/2023 12h00


O câncer de próstata é o que possui maior incidência entre os homens no Brasil, aponta o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apenas em 2023, o INCA estima que 70 mil novos casos sejam detectados. Em Sergipe, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), 132 casos da doença foram confirmados até o dia 10 de novembro. 

De acordo com o urologista e cirurgião robótico André Yoichi, a campanha do Novembro Azul tem desempenhado ao longo dos anos um papel importante de desmistificar a doença entre os homens. 

“Infelizmente ainda identificamos casos de doença em estágios mais avançados quando o diagnóstico da doença não foi realizado precocemente, momento que ocorre a maior chance de cura do câncer de próstata. Porém, vemos um aumento no consultório de homens cada vez mais preocupados em cuidar de sua saúde, acredito que as campanhas de conscientização como o Novembro Azul contribuem muito para isso”, disse ao F5 News.

Os dados da SES apontam para um cenário de casos confirmados em que a doença tem sido detectada na faixa etária de 75 a 79 anos. Para o urologista, quanto mais cedo o homem procurar fazer os exames, mesmo que não apresente sintomas, melhor. 

 “O câncer de próstata está relacionado com o processo de envelhecimento do homem. Segundo a recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia, homens a partir de 50 anos devem passar por avaliação urológica numa frequência habitual de um ano, esta seria a recomendação geral. Porém alguns pacientes necessitam de maior atenção, como aqueles que possuem casos de doença na família e portanto devem ser avaliados a partir dos 45 anos para câncer de próstata. Mesmo sem sintomas ou queixas, é interessante que os homens sejam avaliados periodicamente e realizem exames", recomenda Andre Yoichi.

Sintomas

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), nas fases iniciais, a doença é silenciosa, não causando nenhum sintoma específico.

Com o passar do tempo, pode causar sintomas urinários como diminuição do jato urinário, gotejamento após a micção, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, micção em dois tempos, retenção urinária, e/ou irritativos como aumento da frequência urinária, urgência, incontinência, aumento da frequência urinária noturna.

Ao crescer, o câncer de próstata pode acometer órgãos vizinhos, como a bexiga, ureteres ou reto, o que pode causar sintomas inespecíficos como dor pélvica, sangue na urina, inchaço escrotal, dor lombar e inchaço das pernas, quando os linfonodos da pelve e abdômen estão bastante comprometidos.

Exames

Mesmo sem sintomas, os exames de toque retal e de dosagens sanguíneas de PSA podem ser feitos para detectar a doença. Nas fases mais avançadas, o diagnóstico pode ser suspeitado pela presença dos sintomas descritos anteriormente.

Causas

Ainda segundo a SBU, as reais causas do câncer de próstata ainda são desconhecidas. Entretanto, já se sabe que ele é originado de desequilíbrios genéticos que causam alterações moleculares responsáveis pelo seu desenvolvimento.

Todos os homens apresentam risco potencial de desenvolver câncer de próstata quanto mais se vive, ou seja, quanto mais idoso, maior o risco. Alguns grupos apresentam maior risco para desenvolvimento da doença, como, por exemplo, aqueles com parentes de primeiro grau que a tiveram. 

Avanços no tratamento

De acordo com o urologista, que tem especialidade em cirurgia robótica, atualmente existem diversos recursos para o tratamento do câncer de próstata, desde os estágios iniciais até os mais avançados. 

“No campo da cirurgia, além da tradicional, avançamos cada vez mais com a técnica de cirurgia “robótica” com novos e mais modernos aparelhos. Essa técnica permite a realização da cirurgia com maior precisão e com menor risco de complicações ao paciente, melhorando o seu processo de recuperação e retorno a sua rotina. A radioterapia e novos medicamentos para o controle da doença e com menos efeitos colaterais também estão disponíveis”, destaca Andre Yoichi.

Edição de texto: Monica Pinto
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