Da Redação

Em nova ação Rita Lee é acusada de ofender policiais sergipanos

Não houve acordo na audiência realizada na manhã desta segunda-feira (20), no caso envolvendo a cantora Rita Lee e um grupo de policiais militares de Sergipe. A audiência de conciliação foi realizada no 8º Juizado Especial Cível. A cantora e os policiais não compareceram e foram representados pelos advogados.

Os processos contra Rita Lee em Sergipe iniciaram em janeiro 2012 após um desentendimento com policiais durante um show no município da Barra dos Coqueiros, região metropolitana de Aracaju (SE).  

Segundo a Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), essa audiência é referente a um novo processo impetrado contra a cantora que ao perder as ações anteriores, sendo condenada a indenizar os militares, teria voltado a denegrir a imagem dos policiais sergipanos, publicando em seu twitter pessoal, no dia 02 de agosto de 2013, a frase: “Para safado nenhum tostão furado”. Nessa ação, cada militar pede indenização de R$ 24,8 mil.

Segundo a advogada da cantora, Stephanie Ghidini, a frase, que foi apagada pouco tempo depois, não fazia referência aos policiais sergipanos, mas falava sobre as manifestações que ocorriam no país naquela época. O advogado dos policiais, Plínio Karlo, observa que a data das postagens coincide com o dia em que o Supremo Tribunal Federal contemplou estes nove policiais militares por danos morais nas ações movidas anteriormente.

Sem a conciliação, a juíza Suyene Barreto Seixas de Santana deu seguimento à instrução do processo e deve divulgar posteriormente a sentença do caso.

Relembre

Rita Lee veio a Sergipe em janeiro de 2012 onde se apresentou para mais de 20 mil pessoas no projeto Verão Sergipe, realizado na praia da Atalaia Nova. E o que seria a despedida dos palcos, como anunciou a cantora, terminou em polêmica. Rita Lee parou o show para reclamar da ação dos policiais que revistavam o público em busca de drogas. Ela teria feito apologia às drogas com declarações como “vamos fumar um baseadinho” e desacatado os policiais que faziam a segurança do show, chamando-os de “cavalos, cachorros e filhos da puta”, além de dizer que eles também fazem uso de drogas. Em outro momento, a cantora desafiou os policiais a subirem no palco.

Ainda durante a apresentação, a cantora recebeu um mandado de intimação para comparecer à Corregedoria de Polícia, o que não foi aceito por ela. Ao deixar o palco, Rita Lee foi detida e levada para a Delegacia Plantonista, onde prestou depoimento.

Na época, cerca de 40 de policiais processaram a cantora. Alguns deles receberam indenização de cerca de R$ 5 mil.

Foto: Arquivo F5 News

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