Empresários e caminhoneiros fazem ato no aniversário de queda da BR 101
Cotidiano 22/06/2015 10h10Por Elisângela Valença
Há exatamente um ano, o trecho do KM 94, da BR 101, entre Aracaju e São Cristóvão, desabou. O buraco aberto tombou com toda a pista sentido Aracaju-São Cristóvão e o trânsito flui apertadamente somente na pista sentido São Cristóvão-Aracaju. O trecho que cedeu era novo, já resultado da obra de duplicação da BR 101. Para protestar, empresários e caminhoneiros ‘comemoraram’ o aniversário de um ano do buraco, com bolo e música de "Parabéns a você", na manhã desta segunda-feira (22).
“Foi uma forma que encontramos de mostrar às autoridades competentes o caos que ficou este trecho de entrada e saída de Aracaju. Usamos o bom humor para chamar a atenção e reforçar a necessidade de a sociedade civil se posicionar e se manifestar diante de situações como esta”, afirma Alexandre Porto, coordenador do Fórum Empresarial de Sergipe.
“Sergipe é o Estado do Nordeste com o maior atraso na obra de duplicação da BR 101”, pontuou Alexandre. “Isso aqui traz uma série de transtornos a todos os motoristas, caminhoneiros, passageiros de transporte coletivo, além do risco à segurança, pois está tudo mal sinalizado”, comentou.
"Quando a pista caiu, a gente imaginou que ia ser consertada logo, mas não mandaram. E é um absurdo que um ano depois isso continue assim, trazendo tantos prejuízos e risco à população”, reclamou Henrique Aragão, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado de Sergipe (Sindicam).Segundo Aragão, além dos riscos à segurança no trecho, isso traz prejuízos financeiros. “Carga e descarga de caminhão são agendadas. Se eu perder o horário, perco um dia de trabalho, no mínimo. Isso significa multa com a empresa, prejuízo de um dia para o caminhoneiro, para a empresa”, salientou.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Sergipe (DNIT/SE) foi contactado através da Assessoria de Comunicação e encaminhou a seguinte nota:
A Superintendência DNIT/SE informa que após o incidente ocorrido no KM-94 da BR-101, abriu-se um processo para recuperação em caráter emergencial, porém após denúncias anônimas sobre a possibilidade de não se determinar as causas corretamente, optou-se por nomear uma comissão formada por três engenheiros do DNIT/SE. O relatório final apontou como causa principal uma deficiência no projeto ao calcular o fator de segurança do talude de aterro abaixo do preconizado pelas normas, dessa forma foi aberto processo de apuração de responsabilidade que está seguindo os trâmites legais.
Assim, após a descaracterização de emergência segunda normativo específico, iniciou-se a elaboração do projeto para tornar possível o processo licitatório da recuperação do trecho. Ressaltamos que por duas vezes consecutivas foram abertas licitações, sendo a primeira sem êxito e a segunda fracassada (quando apareceram intessados, mas nenhum foi selecionado, em decorrência de inabilitação ou de desclassificação das propostas). Somente agora em uma terceira tentativa, com edital de no 139/2015 (lançado em abril de 2015), está em contratação a empresa Interenge Construção LTDA-EPP, de acordo com o resultado do Pregão Eletrônico.
Comunicamos que foi encaminhada solicitação de empenho para o DNIT/Brasília objetivando a lavratura do contrato para a execução das obras de estabilização, recomposição de aterro e afastamento do canal do KM-94 da BR-101/SE.
Em conformidade com o estipulado em edital é de 180 dias o prazo de execução da obra, após a ordem de início, que será emitida na assinatura o contrato.
O Exército está cooperando na realização do desvio necessário e os trabalhos de limpeza já foram iniciados.
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*Matéria Atualizada às 12h25 para acréscimo de nota do Dnit/SE
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