Escritora resgata memórias como aluna e professora do Colégio Arquidiocesano | F5 News - Sergipe Atualizado

“Ao meu Arqui”
Escritora resgata memórias como aluna e professora do Colégio Arquidiocesano
Mudanças administrativas na escola de Aracaju prosseguem repercutindo nas redes
Cotidiano | Por Antonio Cardoso 04/08/2021 12h45 - Atualizado em 06/08/2021 12h17


Foi numa terça-feira, dia 27 de agosto de 2021, que a direção do Colégio Arquidiocesano de Aracaju comunicava aos pais e alunos que a instituição passaria a ser administrada pelo Grupo Master, que já coordena o colégio de mesmo nome na capital sergipana. Dois dias depois, a professora Lilian Rocha declarava seu amor ao colégio que se reinventa, em um relato que logo ganhou as redes em Sergipe: “AO MEU ARQUI” 

Foi assim que a autora, revisora e professora de português Lilian Rocha iniciou a sua memória de amor pelo colégio onde foi aluna e professora. Ela também tem um livro dedicado à instituição de ensino, relatando experiências tanto assistindo, como dando aula. “O Bilhete” é um conjunto de memórias que percorre as paredes do Colégio Arquidiocesano de Aracaju.

A pequena Lilian ingressou aos dez anos no colégio, em 1969, quando as meninas já podiam estudar na instituição. “O Arqui tem piscina”, é o que a encantava e assim relatou em seu livro. Lá estudou até 1975. 

Lilian retorna ao ‘Arqui’ em 1995, 20 anos depois, dessa vez como professora de Português, disciplina que lecionou até 2013. Dentre tantas histórias contadas em seu livro, estão as passagens de ilustres alunos, como a ginasta olímpica Larissa Barata. 

Mas o que mais chama atenção é um simples bilhete com autoria de um ex-aluno, identificado apenas como "Chico", que havia dado muito trabalho à professora dentro da sala de aula e percorrido um caminho difícil na vida. 

Foi esse pequeno texto em uma folha de caderno que inspirou a obra da mestre Lilian Rocha, que descreve todo o sentimento que preenchia aquela folha e a levou às lágrimas. 

Como ela escreveu, as palavras de Chico inundaram e transbordaram aquele bilhete, chegando até aqui, nessa matéria, de modo a, talvez, também irrigar o leitor de gratidão.  

Confira o bilhete escrito pelo aluno para a professora, que incluiu a folha em seu livro de memórias na íntegra.

O poder de uma escola está muito além do conteúdo aprendido na sala de aula. A própria educação pode ganhar um sentido mais amplo, como disse um dos maiores nomes da pesquisa e ensino no país, Anísio Teixeira: “Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.” 

Lilian descobriu esse significado da educação e foi uma professora no sentido literal da origem latina da palavra, professus: “aquele que declara publicamente”. Ela espalhou as suas palavras como uma ode a um dos mais tradicionais templos do saber no estado de Sergipe, que anuncia profundas mudanças em sua história, aos 64 anos de existência. 

Ontem, 3 de agosto, mais uma terça-feira, a ex-aluna e professora Lilian Rocha deixou uma dedicatória no exemplar entregue ao estudante de Jornalismo que assina esta matéria, na qual resume seu sentimento ao escrever essas memórias: "Este livro retrata os melhores anos que passei no Arqui. É mais que um livro, é uma declaração de amor a esse colégio tão querido". 

*Estagiário sob supervisão da jornalista Laís de Melo

Edição de texto: Monica Pinto
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