Oito bares localizados na rodovia Adilson Távora, na Barra dos Coqueiros, Grande Aracaju, foram flagrados utilizando ligações clandestinas, o famoso 'gato'. A operação de combate ao furto de energia elétrica foi realizada pela Energisa, com apoio da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (25). 

Energisa/Reprodução

De acordo com a empresa distribuidora de energia, na ação, foi realizada a suspensão do fornecimento de energia, mas como não havia ninguém nos bares, ainda não foi possível identificar os responsáveis. O furto ou desvio de energia é crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena que varia de um a quatro anos de reclusão.  

Segundo a Energisa, em 2021, foram recuperados em Sergipe o equivalente a  37.655.000 KWh consumidos de forma irregular. O quantitativo é suficiente para abastecer 23 mil residências por um ano. Nas mais de 31 mil inspeções realizadas no período, foram identificadas cerca de 7.357 irregularidades, por meio de análises de histórico de consumo e denúncias. 
 
A empresa alerta ainda para os riscos das ligações clandestinas, que geralmente são feitas por pessoas que não têm conhecimento técnico, com utilização de materiais inadequados e que, muitas vezes, encostam na rede energizada, ocasionando acidentes. “Além da probabilidade de acidente, pode acarretar a falta de energia, causando prejuízos para os clientes regulares”, diz a Energisa.
 
“Há ainda o risco de acidente por choque elétrico. Por isso, orientamos que os clientes sempre busquem a Energisa para regularizar a situação. A rede elétrica é planejada para atender os clientes regulares e cadastrados nos sistemas da companhia. O furto prejudica a qualidade e segurança do fornecimento da energia elétrica, porque impacta diretamente na qualidade de energia para o cliente regular”, explica o coordenador de Medição e Combate à Perdas, Evandro Macedo.
 
De acordo com Evandro, quando a fraude é identificada, além da regularização e abertura do Boletim de Ocorrência, a Energisa realizará a cobrança dos valores retroativos, referentes ao período da irregularidade, ou seja, em que a pessoa usou energia, mas não pagou. Os procedimentos para efetuar esta cobrança estão previstos na Resolução 414/2010 da Aneel. O fornecimento de energia também é interrompido como medida de segurança até que a situação seja regularizada, já que caracteriza risco iminente de danos a pessoas, bens ou ao funcionamento do sistema elétrico.

A denúncia da irregularidade pode ser realizada por meio dos canais de atendimento da Energisa. A identidade de quem denuncia é mantida em total anonimato.