Gordura no fígado aumenta em 30% o risco de desenvolver diabetes
Sem os devidos cuidados, os adultos com gordura no fígado podem desenvolver cirrose Cotidiano | Por Metrópoles 26/07/2023 10h43Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), concluiu que adultos brasileiros que possuem esteatose hepática, popularmente chamada de gordura no fígado, têm 30% mais risco de desenvolverem diabetes tipo 2.
Os resultados têm como base o estudo chamado ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto), que avaliou 8.166 adultos – servidores públicos ou aposentados –, com idades entre 35 e 74 anos, de seis capitais do Brasil. Os voluntários foram seguidos por cerca de 3,8 anos. Foram excluídos os participantes com diabetes no início do estudo, aqueles que relataram consumo excessivo de álcool com hepatite ou cirrose. Os resultados foram publicados nos Cadernos de Saúde Pública.
A esteatose hepática é o acúmulo de gordura no fígado que pode, com o passar do tempo, causar uma inflamação crônica e danos no tecido hepático. Normalmente é uma situação benigna, mas sem cuidados e na sua evolução ela pode induzir à fibrose do fígado (substituição das células normais do fígado por tecido fibroso) e até evoluir para cirrose, inclusive com aumento de risco de câncer. Estima-se que o problema atinja ao menos 25% da população adulta – na amostra avaliada a esteatose estava presente em 35,5% dos voluntários.
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