Por Giovane Mangueira

Como de costume, neste período de festas de fim de ano os doadores de sangue somem e as pessoas internadas em hospitais são as que mais sofrem com a espera pela doação. Mais uma vez o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) está em estado de alerta por conta do baixo nível de sangue no estoque.

William Franklin, 22 anos, estudante de engenharia civil, integrante do projeto social “Universitário Sangue Bom” realizou sua primeira doação em um caso de urgência, mas sempre teve dentro de si a vontade de ir até o Hemose realizar a sua doação. Logo após a primeira doação, entrou no projeto junto com outros estudantes de faculdades sergipanas que tem o intuito de realizar a doação de sangue com frequência durante todo o ano.

“Eu vejo a doação de sangue com uma necessidade, a população deveria realizar esse ato com mais frequência, como os atos que estão de costumes e que às vezes são desnecessários. Atitudes como essas precisam ser valorizadas e adotadas por mais pessoas porque a quantidade de gente precisando é enorme e o número de pessoas que deixam a doação de sangue para segunda opção é maior ainda”, explica o jovem William.

Claudenilson Santos, 28 anos, Vigilante, doador desde o ano de 2012, ressalta a importância da doação de sangue tanto para quem doa como para quem recebe e que para ele o ato já é uma obrigação, tanto que sempre convida outras pessoas para fazer o mesmo. “Temos que olhar para os irmãos como Deus no ensinou (Amai ao próximo como  a si mesmo), porque a diversão não está apenas em festas, bebidas, a doação de sangue pode ser também um programa para o final de semana, mas as pessoas veem isso como algo que pode ser deixado para outro dia, ou até mesmo quando precisam” destaca.

Mesmo com a correria do dia a dia, Claudenilson integra dois grupos sociais, Universitário Sangue Bom e Corrente do Bem, os projetos levam a mesma finalidade, que é ajudar a quem mais precisa.

“A ideia é reunir o maior número de doadores, para não deixar o Hemose nessa situação e fazer com que cada vez mais, não só os jovens, mas pessoas de todas as idades coloquem a doação de sangue em suas rotinas”, acrescenta.

No Hemose, a informação é de que neste mês de dezembro o número de doadores caiu bastante e até o momento a procura está bem abaixo do esperado, mas o número de pacientes aguardando a doação aumenta a cada dia. A gerente de Coleta do Hemose, enfermeira Florita Aquino, fez o convite à população sergipana para doar sangue ainda este mês e em janeiro, mês das férias. “O Hemocentro necessita de todos os tipos de sangue, para suprir a necessidade da rede hospitalar que diariamente realiza transfusão em pacientes submetidos a cirurgias de grande porte, como cardíacas, ou ainda pacientes em tratamento oncológico”, informa

De acordo com dados do Hemocentro os tipos sanguíneos O, A e B positivos são mais frequentes na população, já o AB positivo e os de fator RH negativo são menos incidentes. E o tipo O negativo é o que possui menor quantidade no estoque, atualmente.

Estão aptos a doar sangue candidatos em bom estado de saúde, idade entre 16 anos completos e 69 anos e peso acima de 50 Kg. Menor de 18 anos somente com termo de autorização dos pais ou responsável legal. É necessário portar documento de identidade original e com foto, válido em todo território nacional. A unidade funciona nesta quinta-feira (31) de 7h às 11h, na sexta-feira (1º) não abre, no sábado (2) das 7h às 11 e a partir do dia 4 de janeiro diariamente de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 17h30. Mais detalhes sobre o serviço de doação, palestras e hemotur, através dos telefones (79) 3225-8000, 3225-8039 e 3259-3174.