Quase 40 mil infrações de trânsito foram registradas em Sergipe nos três primeiros meses do ano. O maior número de ocorrências se verificou em janeiro, quando o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) registrou o total de 15.639 infrações. 

Acidente registrado na rodovia SE 235, no sábado (16)/BPRv

Apesar do alto número, os casos deste ano são 25,4% menores do que os registrados em 2021, quando o departamento computou o total de 52.371 infrações de trânsito. 

Só no feriadão de Semana Santa, de 15 a 17 de abril, a Polícia Rodoviária Federal de Sergipe realizou 580 autos de diversas infrações, sendo 34 delas por ultrapassagens indevidas. 

Um levantamento feito pelo F5news, com base em dados do Detran/SE, mostra que, entre as infrações mais recorrentes, a de excesso de velocidade lidera o ranking das dez com o maior número de registros, com 7.840 este ano. 

Em seguida estão as infrações de veículo sem registro (3.147), avançar sinal vermelho (2.999), dirigir com celular (1.443), estacionar em local proibido (1.424), falta do cinto de segurança (1.340), dirigir sem CNH (1.267), veículo sem registro/licenciamento (990), não uso de capacete (912) e passageiro sem capacete (714). 

Em Aracaju, durante o período da Semana Santa, a Companhia de Polícia de Trânsito (CPTran) registrou nove acidentes, felizmente sem óbitos, mas com feridos.

De acordo com o comandante da companhia, major Aldevan Silveira, grande parte dos acidentes estão relacionados às infrações de trânsito, com destaque para excesso de velocidade, embriaguez ao volante e utilização de celular. 

“A cada 10 acidentes, em nove o condutor é o responsável. Alguma imprudência que ele cometeu acaba gerando a colisão. Por isso que frisamos, a fiscalização é importante, mas cabe a conscientização do condutor em não se envolver em acidentes. Quem é flagrado na Lei Seca sempre tem dor de cabeça. Fica a critério do condutor para que ele não entre nas estatísticas”, diz o major Aldevan. 

O comandante do Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual (BPRv), tenente Coronel Deny Ricardo Moraes, reitera que 90% dos acidentes nas estradas têm o fator humano como principal causa. 

“O que mais causa acidente é a atividade humana ligada diretamente. A mais cometida, uma das principais, é a não utilização de capacete e a não utilização de cinto de segurança. A embriaguez ao volante tem um volume considerável, mas estatisticamente não é a que mais acontece”, disse. 

O que fazer para evitar? 

“O sistema de trânsito é integrado. A conduta de uma pessoa reflete na da outra. Portanto, é importante que os condutores obedeçam às leis de trânsito e às sinalizações. Que tenham empatia no trânsito, além das condutas para evitar acidentes, como se beber não dirigir e evitar sair atrasado para não tentar tirar o atraso na rodovia”, orienta o coronel Deny.