Jovem leva namorado à polícia, após ser espancada
Cotidiano 28/11/2014 09h48Por Fernanda Araujo
A jovem Thayná Barbosa, 23, não imaginava passar por momentos de terror pelas mãos do próprio namorado, no último final de semana em que curtia uma festa com os amigos. Ainda com o olho vermelho e com o pescoço imobilizado por causa das inúmeras agressões que sofreu, ela acusa o agora, ex-namorado, de tê-la espancado. Tudo isso por causa de ciúmes. Nas redes sociais, ela teve a coragem de se expor e denunciá-lo.
Em apena
s cinco meses de namoro, a jovem afirma ao F5 News que ele chegou a agredi-la por duas ou três vezes, no entanto, nunca denunciou por acreditar nas desculpas. Mas, para ela, as agressões não eram tão intensas como a qual sofreu durante a noite de sábado e a madrugada de domingo. Foi no último mês de namoro, segundo ela, que o acusado se transformou em uma pessoa violenta e passou a ofendê-la com palavras de baixo calão por causa do jeito e das roupas que veste. “Eu o conheci em um barzinho com as amigas, por coincidência ele tem amigos em comum, mas não sabíamos”, diz Thayná.Thayná lembra que estava em uma festa no bairro Mosqueiro, em Aracaju (SE), quando o namorado a puxou pelos cabelos e começou a espancá-la porque ela estava dançando. A jovem descreve os momentos de terror. “Ninguém fez nada. Da festa o espancamento aumentou dentro do táxi, a todo o momento pedia socorro, mas o taxista não fez nada. Ainda tentei me jogar do táxi. Fui levada por ele para o apartamento onde foi mais violento, na porta do apartamento pedi socorro quando ele me deu um soco na boca e desacordei. Alguns vizinhos me socorreram e indignados ligaram para a polícia, quando a família dele chegou me arrastaram para dentro do apartamento para impedir a polícia. A própria família dele me mandou ficar calada e dormir, me impediam de pegar o celular, dizendo que amanhã as coisas seriam resolvidas sem precisar de polícia. A mãe dele dizia que eu era culpada e merecia aquilo”.
Segundo a jovem, depois de prometer que nada seria feito contra o acusado a deixaram sair do apartamento e ligar para um amigo que a levou para o hospital. “Eu com receio de fazerem alguma coisa contra a minha família não queria denunciar, mas tive coragem de tomar providência para ele ser preso em flagrante”. No mesmo dia ela o denunciou na Delegacia Plantonista, mas o caso não foi considerado flagrante. “Ouvi lá que não podia prendê-lo porque não tinha efetivo e ele estava em casa. Então fui encaminhada para a delegacia de grupos vulneráveis. Enquanto isso, ele continua indo trabalhar como se nada tivesse acontecido”.
A jovem teve ferimentos pelo corpo, politraumatismo, o olho esquerdo ficou comprometido com risco de sequelas permanentes, podendo evoluir para cegueira. “O sentimento é de indignação, de impunidade, de tristeza. Eu recebi muitos recados de mulheres que sofreram ou sofrem com isso falando que não tiveram a mesma coragem de me expor. Não tenho nenhum sentimento por ele, só tenho sentimento por quem é ser humano. Só quero justiça”, reivindica.
Amigos e outras pessoas que souberam do fato se solidarizaram e estão se mobilizando para fazer uma manifestação em frente ao trabalho do acusado que foi orientado pela advogada a não dar declarações sobre o caso. De acordo com a delegada, Renata Boim, do Departamento de Atendimento e Grupo Vulneráveis (DAGV) o caso está em andamento e já foram colhidos depoimentos da vítima e de uma testemunha. “Estamos atrás de outras testemunhas também e o acusado será ouvido próxima semana”, diz.
Fotos: arquivo pessoal
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