Da Redação

Lei seca: muitos condutores sergipanos continuam negligentes

Apesar de a Lei Seca já estar mais severa desde 2012 e dos esforços das Polícias de trânsito em conscientização quanto aos perigos da combinação álcool e direção, ainda são recorrentes os casos de motoristas flagrados desrespeitando a legislação de trânsito.

Para se ter uma ideia, o balanço divulgado pela Delegacia Plantonista nesta segunda-feira (19) mostra que sete motoristas foram autuados por embriaguez ao volante nas últimas 72 horas. No mais recente feriadão, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran) flagraram cerca de 20 motoristas dirigindo sob efeito de álcool nas estradas sergipanas.

Para além da questão de respeito à legislação, assumir o controle de um veículo depois de ingerir bebida alcoólica é uma atitude que coloca em risco não só a vida daqueles que estão no automóvel, mas também de todos que cruzarem o caminho desse motorista descuidado.

Foi o que aconteceu no último sábado (17) em Aracaju. Eram 8 horas da manhã quando o motorista identificado como Djailton Ramos dos Santos perdeu o controle da direção do seu carro, um Nissan March com placa de Sergipe, e colidiu na traseira de um Nissan Frontier, licenciado no estado da Bahia, na Avenida Beira Mar, Bairro 13 de Julho, na zona Sul de Aracaju.

De acordo com informações da Polícia Militar, após o acidente Djailton fugiu a pé na tentativa de não assumir a responsabilidade, mas uma viatura da Guarda Municipal de Aracaju (GMA) conseguiu efetuar a prisão do suspeito nas imediações da Arena Batistão, bairro São José.

Ao realizar o exame de alcoolemia nos dois motoristas envolvidos, os policiais constataram que apenas Djailton apresentou concentração de álcool no sangue de 0,59 mg/l; nível acima do permitido. Ele também não portava qualquer documento de identificação ou a Carteira Nacional de Habilitação, apesar de ser habilitado e por isso, foi conduzido à Delegacia Plantonista.

Tolerância Zero

Desde dezembro de 2012, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece tolerância zero de concentração de álcool no sangue para motoristas. A Lei sancionada naquele ano também reforçou os instrumentos de fiscalização do cumprimento da Lei Seca: provas testemunhais, vídeos e fotografias passaram a ser aceitos como provas de que um motorista dirigia sob efeito de álcool.

A lei também aumentou o valor da multa para quem for flagrado embriagado ao volante, de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. Se reincidir em menos de um ano, a multa dobra (R$ 3.830,80) e o motorista tem a carteira e os documentos do carro apreendidos.