De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Aracaju, nesta quinta-feira (26), até o momento, 285.616 pessoas estão com doses do imunizante contra Covid-19 em atraso na cidade.

O levantamento aponta que 159.984 pessoas na faixa etária de 5 anos ou mais estão atrasadas com relação à terceira dose, e 125.632 pessoas com 18 anos ou mais com relação à quarta dose. 

Segundo a SMS, embora 593.023 pessoas tenham garantido, pelo menos, a primeira dose, “ainda é preciso reforçar a importância de completar o esquema vacinal, visto que o vírus segue em circulação e a pandemia ainda é uma realidade". 

A secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, destaca que, desde que a campanha de imunização foi iniciada, é possível observar o movimento de controle da doença, o qual está diretamente ligado ao avanço da vacinação. 

“Sabemos que essas vacinas têm estudos que as embasam, estudos de eficiência e eficácia da própria vacina. É importante as pessoas terem consciência que a vacina faz com que o organismo dispare mecanismos de proteção do sistema imunológico, que são proteções periódicas", diz a secretária.

"Ainda não existe um estudo que demonstre, por exemplo, como no caso da vacina da gripe, que seja preciso vacinar uma vez por ano. Então, por isso, é necessário que a gente faça os reforços. Porém, estudos demonstram que, quando você faz os reforços, quando há indicação, existe uma redução significativa do número, principalmente, de pessoas que recorrem a uma unidade de saúde” , completa Waneska. 

De acordo com a secretária, entre o fim do ano passado e o início deste ano, foi identificado que o perfil das pessoas que estavam sendo internadas ou vitimadas pela doença "era de pessoas idosas, com mais de 70 anos, e cuja última vacina tinha mais de cinco, seis meses, não era especificamente depois da quarta dose, mas depois da última dose que a pessoa tomou", afirma.
  
Covid não acabou 

A queda dos números de novos casos, internamentos e óbitos é positiva, quando levado em consideração o cenário que precedeu à chegada da vacina, porém, a SMS alerta que a pandemia ainda não acabou. 

“Há períodos em que teremos contaminações maiores, há períodos em que teremos uma circulação mais baixa do vírus. Tem que ter, contudo, muita atenção para os períodos em que a gente tem muitas festas, muitas aglomerações porque ele é um vírus passado de pessoa a pessoa através da respiração, então é de fácil transmissão", orienta a secretária.

"Hoje, estamos no verão, provavelmente com números mais baixos. Mas, em breve, começa o outono, com mais chuvas, e o inverno, com temperaturas mais baixas, o que propicia uma transmissão maior. Quem estará mais protegido é quem está com a vacinação em dia”, alerta.

Com informações da Agência Aracaju