Nesta sexta-feira, 19 de maio, é comemorado o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, data que reforça a importância do aleitamento materno.

Governo de Sergipe/ Divulgação

Considerado o alimento mais completo para o bebê, o leite materno desempenha funções que vão muito além do vínculo afetivo. Ele é capaz de garantir a sensação de saciedade e a nutrição necessária para manutenção da vida e da saúde a longo prazo. 

Para bebês prematuros, a importância se torna ainda maior, uma vez que essa condição os torna mais vulneráveis.

De acordo com a Associação Brasileira de pais, familiares, amigos e cuidadores de bebês prematuros, o aleitamento materno pode melhorar a saúde cardiovascular dessas crianças e diminuir as chances de incidência de sepse e enterocolite necrosante, entre outros benefícios. 

Esse contexto evidencia o trabalho dos bancos de leite maternos, presentes em todos os estados, assim como a relevância da doação por parte das mães. 

“Quando falamos sobre aleitamento materno, sabemos que o leite é o alimento mais completo para o recém nascido e por isso a importância da doação a fim de que o índice de mortalidade infantil seja reduzido e assim continuar promovendo uma educação continuada em busca de doadoras”, disse o superintendente de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe, Vinicius Vilela.

Conforme o Ministério da Saúde,  227 bancos de leite humano estão distribuídos pelo Brasil e, ainda, 240 postos de coleta. 

“Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Basta ser saudável e não tomar medicamentos que interfiram na amamentação. Qualquer quantidade de leite humano doado pode ajudar os bebês internados, que, a depender de seu peso e condições clínicas, podem precisar de apenas 1ml a cada refeição”, complementa o Ministério.

Para ajudar crianças prematuras, muitas mulheres com fartura na produção de leite materno aderem à causa.

De acordo com o Sistema de Informação da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, entre 2000 e 2022, somente em Sergipe, 44.780 mulheres foram doadoras e 60.402 litros de leite humano foram coletados. Os dados foram atualizados na tarde de hoje (19) pelo Ministério da Saúde.

“Essas doações vão principalmente para os bebês internados nas UTIs neonatais. Por isso, é preciso que exista essa solidariedade nas mães que estão amamentando. Pode doar aquela mãe saudável, que não faça uso de drogas e nem medicamentos que prejudiquem a amamentação, podendo se dirigir nos Bancos de Leite e nos postos de coleta na Lourdes Nogueira e no Santa Isabel”, disse a pediatra e presidente do Comitê de Aleitamento Materno de Sergipe, Izailza Matos.

A doação pode ser realizada no Banco de Leite mais próximo da sua residência, e o volume de 200 ml pode servir a até dez bebês prematuros ou de baixo peso, segundo o Ministério da Saúde.  

Em Aracaju existem dois, o Banco de Leite Humano localizado no Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) e o Banco de Leite Materno Marly Sarney, no bairro José Conrado de Araújo.

É importante lembrar que os bancos funcionam como um espaço de acolhimento para as mães, crianças e famílias, onde é possível encontrar uma rede de apoio profissional que irá auxiliar no aleitamento.

Somente em Sergipe, nos últimos 22 anos, 543.313 mulheres foram assistidas e 91.869 recém-nascidos,  beneficiados, conforme o levantamento do Ministério da Saúde.